O mundo tem sofrido transformações numa velocidade impressionante. Muitas vezes o tempo do verbo futuro e presente se confundem facilmente, pois o que supostamente se imaginava ser futurista ou utopia, em alguns meses se transforma em realidade. Como não poderia ser diferente, as smart cities (cidades inteligentes) ou smart villages (vilas ou bairros inteligentes) já começam a dar seus primeiros passos para fazer parte do nosso cotidiano.
Estamos falando de lugares que começam buscar a conectividade entre as coisas e serviços, integrando-os com o uso de tecnologia. Através do smartphone, por exemplo, podemos estar interligados com o sistema de ônibus que passa no bairro, ter acesso rápido ao prontuário médico no posto de saúde, acessar câmeras de segurança em tempo real ou fazer denúncias e até mesmo tornar mais eficiente os sistemas de iluminação pública com a medição de fluxo de pessoas.
A sociedade em geral está embasada em algumas necessidades básicas de sobrevivência. Saúde, educação, locomoção e obviamente a segurança são alguns desses pilares, assim, não poderiam estar fora dessa nova estrutura que vem se desenhando.
Inúmeras instituições renomadas no Brasil vêm se debruçando intensamente nesse tema, tais como a Unicamp, Bright Cities, e mesmo nós da Sigmacon. E por se tratar de um tema importante, o BNDS vem investindo nesse sentido.
A iniciativa privada, e nesse caso em especial as empresas de urbanismo, loteadoras e construtoras, começam a perceber que esse é o presente do futuro, com bairros abertos planejados e que começam pela segurança, obviamente; pois é um tema que além de ser indiscutivelmente um fator crítico para o sucesso dessa empreitada, diferencia e agrega valor ao produto.
A tecnologia, a IOT (internet das coisas), é o grande diferencial nesse sentido, contudo não se inicia a construção de uma casa pelo telhado, e sim pelo alicerce. E nesse sentido é de fundamental importância o planejamento dessa segurança, buscar parcerias com o poder público, criar uma base jurídica para a constituição dessa comunidade, dentre tantos outros afazeres, antes de se chegar à solução final.
Levar segurança e iniciar um processo de smart villages em locais periféricos não é só ousadia, mas acima de tudo respeito pelo cliente e pela sociedade. O poder público tem instalado câmeras de segurança nas regiões centrais; obviamente pela falta de capacidade financeira e logística de ampliar o espectro geográfico, mas quando a junção da iniciativa privada e o setor público se unem, a chance de nascerem inúmeras smart villages, fazendo com que as cidades se tornem verdadeiras smart cities, começa a ser viável.
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