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Sexta-feira, 18 de Abril de 2025

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Biquíni molhado e outros maus hábitos podem causar o temido ‘corrimento’

Cuidados simples podem promover a saúde íntima

Dra. Mariana Rosario
Por Dra. Mariana Rosario
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Biquíni molhado e outros maus hábitos podem causar o temido ‘corrimento’
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A vagina é uma região normalmente úmida, que secreta líquido sem cheiro, esbranquiçado ou semelhante à clara de ovo, em volume variável de mulher para mulher. Dependendo do período do ciclo menstrual, essa quantidade de líquido também pode mudar, sendo maior na segunda metade do ciclo – quando costuma sujar a roupa. Algumas mulheres têm lubrificação vaginal abundante e isso não é corrimento. A cor do líquido também pode ser levemente amarelada porque, em contato com o ambiente externo, o fluido pode sofrer alteração de tonalidade – e isso é normal.

Muitas pacientes têm dificuldade de diferenciar a secreção normal da vagina de um corrimento patológico, causado por fungo ou bactéria, e se preocupam. O corpo dá sinais quando algo não vai bem. No caso de um corrimento, existem odores característicos, coceira e dor, que podem aparecer sozinhos ou em conjunto, e demonstram que aquela secreção não é normal.

 

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Sinais de alerta

Prurido (coceira), odor (cheiro forte) e até dor abdominal ou no ato sexual são indícios de corrimento por fungo ou bactéria. Em relação ao aspecto, o corrimento pode ser acinzentado, esverdeado, parecido com pus, com sangue ou amarronzado. Já o cheiro pode ser bem forte, assemelhando a peixe podre, e estar presente também no final da menstruação. As causas são bem variadas. Podem vir desde o desequilíbrio da flora vaginal até a presença de agentes infecciosos, como cândida, clamídia, tricomonas, entre outros. As relações sexuais sem preservativos trazem doenças sexualmente transmissíveis, como HPV e gonorreia, que também podem causar corrimentos. Há, ainda, a alteração do pH vaginal por diabetes, uso de antibióticos, quimioterapia outras situações. Por tudo isso, é imprescindível que se consulte um ginecologista e nunca se automedique.

O tratamento é realizado em casa, com uso de medicamentos específicos para cada caso. Identificamos o agente causador e utilizamos medicamentos via oral e de uso tópico, para aliviar os sintomas imediatamente, proporcionando conforto à paciente. Em alguns casos, o parceiro também precisa ser tratado, por isso, é tão importante que o médico seja imediatamente consultado.

 

A relação entre o verão e o corrimento vaginal

No verão, a incidência de casos de corrimento vaginal podem aumentar devido ao desequilíbrio da flora vaginal. É sempre importante manter a região pélvica arejada. O uso de roupas apertadas e protetores diários podem causar o abafamento da vulva e desequilibrar as bactérias e fungos da região, o que leva ao corrimento.

Usar biquíni molhado por muito tempo também pode causar o desequilíbrio da região. “É importante não usar roupas íntimas de outras pessoas, realizar a higiene normalmente e optar por trocar o biquíni por um seco sempre que possível. Se possível, dormir sem roupa íntima é aconselhável, já que a pele pode respirar melhor e, assim, proporcionar o desejado equilíbrio da flora vaginal.

 

Resistência bacteriana

É importante que não se utilizem quaisquer medicamentos sem orientação médica. É muito comum que, ao primeiro sintoma de coceira ou ardor, elas procurem por pomadas que são vendidas nas farmácias, livremente, e se automediquem. Também há muitas pessoas que utilizam antibióticos que ‘sobraram’ em casa, de tratamentos anteriores, sem consultar um médico. Isso é muito perigoso.

É difícil, para a mulher, identificar qual é a doença que está causando os sintomas que ela apresenta, porque existem patologias com sintomas bem parecidos – mas, que necessitam de tratamentos diferentes. Assim, não adianta utilizar um medicamento inadequado, porque ele não resolverá o problema e o quadro piorará. Além disso, quanto mais antibióticos ingerimos, indiscriminadamente, mais resistentes as bactérias podem ficar. E, quando realmente precisarmos de um tratamento, ele pode não fazer efeito.

Outro perigo é não realizar o tratamento pelo tempo correto. Existem medicamentos que são de dose única, outros necessitam de três, sete ou dez dias de tratamento. Interrompendo o ciclo, também se corre o risco de a doença voltar, cada vez mais forte. Por isso, aos primeiros sintomas, melhor procurar por um ginecologista.

FONTE/CRÉDITOS: Dra. Mariana Rosario é ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein.
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