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Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

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Em cidade americana, cães, burro, galo e gato lutaram muito pelo título de prefeito

O Brasil parece ensaiar um movimento bem parecido para a corrida presidencial de 2022, quando analisados os potenciais candidatos

Lucas Lanna Resende
Por Lucas Lanna Resende
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Em cidade americana, cães, burro, galo e gato lutaram muito pelo título de prefeito
Amy Noland/The Washington Post
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Em novembro de 2020, o vilarejo americano de Rabbit Hash, cuja população não passa dos 500 habitantes, escolheu como prefeito o buldogue francês Wilbur, de 6 meses. O filhote, que agora é chefe do executivo local, foi eleito com 13.143 votos - o sistema eleitoral do vilarejo contabiliza não apenas os votos dos moradores, e sim de qualquer pessoa, independente da nacionalidade, que queira participar do pleito. Embora inusitada, a escolha por cães em cargo de autoridade municipal é uma prática comum na cidade. Desde 1998, a corrida eleitoral conta apenas com animais de estimação como postulantes. 


Wilbur, evidentemente, não tem poder para tomar decisões de impacto na cidade. Embora Rabbit Hash tenha pets como prefeito desde o final da década de 1990, quem verdadeiramente administra o vilarejo é a Rabbit Hash Historical Society, uma organização sem fins lucrativos. 
De acordo com o jornal The Washington Post, a tradição de eleger cães para o cargo simbólico de prefeito surgiu com objetivo de reunir a comunidade e, ao mesmo tempo, levantar dinheiro para que a instituição que administra o vilarejo pudesse manter os custos locais - cada eleitor paga 1 dólar pelo voto.


Inicialmente, o cão prefeito tinha cargo vitalício, mas os ditames eleitorais foram alterados na gestão de Lucy Lou, uma border collie, em 2016. Na época, um incêndio destruiu um espaço da Rabbit Hash Historical Society. A cidade decidiu então afastar Lucy Lou do cargo e convocar novas eleições no intuito de financiar a reconstrução do local atingido pelo fogo. O mandato agora é de 4 anos, com direito a campanha eleitoral e até “comícios” (os candidatos desfilam pela cidade buscando votos).

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A campanha eleitoral do ano passado em Rabbit Hash, entretanto, foi tumultuada, conforme noticiou o The Washington Post. Dezesseis candidatos - entre diversos cães, um burro, um galo e um gato - lutaram muito pelo título de prefeito. Mas foi Wilbur que caiu no gosto dos populares. A contagem dos votos mostrou que a disputa estava acirrada entre o buldogue francês e a ex-prefeita, Brynn, uma pitbull que buscava a reeleição. A veterana, no entanto, não teve apoio suficiente para garantir um segundo mandato.


Embora a maioria dos brasileiros desconheça a peculiar tradição de Rabbit Hash, o Brasil parece ensaiar um movimento bem parecido com o do vilarejo americano para a corrida presidencial de 2022. Os potenciais candidatos à presidência que foram apresentados até agora não passam de meros ratos, um burro e um punhado de porcos. Sendo assim, dentre essas opções, seria mais aconselhável eleger o vira-lata caramelo como presidente do Brasil.

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Lucas Lanna Resende

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