Quando a pandemia começou, em março de 2020, não imaginávamos que após um ano ainda estaríamos no pico da doença. A incerteza e o medo em relação ao coronavírus, que nos acompanham desde então, foram comprovados por vários estudos sobre a saúde mental como causadores de estresse e outras emoções prejudiciais a toda a população, mas que afeta de maneira especial as pessoas com diabetes e doenças crônicas.
O medo é um estado de alerta importante para a sobrevivência. Sem ele, a pessoa pode se expor a situações que colocam em risco sua vida, então o medo atua como uma forma de se preservar, ter cautela, saber como lidar com várias situações. Por outro lado, ele pode ser paralisante e interferir negativamente na vida das pessoas. E aí está o problema.
Além de aumentar o estresse, o medo pode interferir no sono, na alimentação, na prática de exercícios e até no autocuidado em relação à diabetes e a outras doenças. Há quem aumente a ingesta de carboidratos por ansiedade e não controle a glicemia como deveria, enquanto outros deixam de ir às consultas médicas e de fazer os exames laboratoriais por medo de se expor ao vírus.
Tudo isso vai contra um bom tratamento, uma vez que ter a glicemia controlada, fazer atividade física, ter o acompanhamento médico adequado e exames atualizados são formas de manter a imunidade preservada – fundamental para se prevenir do coronavírus.
O medo pode, ainda, causar ansiedade, irritabilidade e raiva por não ter controle sobre a emoção, além de angústia e até agressividade. É importante identificar o motivo de tais angústias. É medo de pegar a Covid-19 e ter complicações pelo fato de ter uma doença crônica? É medo de transmitir a doença para entes queridos? Ou é medo de ter complicações irreversíveis caso seja contaminado?
Diante das respostas, podemos racionalizar sobre o que é possível fazer para prevenção: usar máscara, lavar as mãos, uso de álcool gel e manter distanciamento social e tudo o que é possível e indicado nesse momento da pandemia. Fazer o certo trará a sensação de responsabilidade e capacidade.
Para ajudar a lidar com o medo e ansiedade indico 10 técnicas simples:
1 Meditar – respirar conscientemente, manter a calma por alguns minutos e conectar corpo e mente
2 Exercícios físicos, para liberação do hormônio endorfina, responsável pela sensação de bem estar e relaxamento
3 Rezar, orar e praticar a conexão com a sua religião
4 Cultivar bons pensamentos, ações positivas, imaginar e criar a melhor situação mentalmente
5 Cantar, dançar, pintar, criar ou ter qualquer ação criativa que cause prazer
6 Ler ou escrever
7 Separar um tempo para apenas relaxar, sem fazer nada
8 Evitar ficar conectado às redes de informação e notícias a todo o momento
9 Brincar com as crianças, resgatar a sua criança interior e se permitir agir sem medos e julgamentos, com mais confiança e a deliciosa sensação de “Eu posso tudo”!
10 Estabelecer uma rotina, uma programação diária para realizar tudo a que se propôs – dar atenção a todas as áreas, como lazer, autocuidado, trabalho, família, etc.
Por conta do vírus, transformamos a forma de viver, nos adaptamos. Muitos estão trabalhando em home office, se exercitam em casa, fazem suas próprias refeições – com uma alimentação mais saudável e estudam por ensino à distância. Adotamos os encontros virtuais, mas a vida continua sendo real - e cada um é responsável por fazer a sua própria vida acontecer.
Quando vier o medo, buscar ajuda é o melhor caminho. Converse, exponha seus pensamentos a um amigo, familiar, terapeuta ou profissional especializado. As pessoas continuam sendo fortes mesmo tendo medos – e provam essa força ao afirmarem que não precisam passar por isso sozinhos.
Por fim, comemore! Vibre a cada conquista e a cada obstáculo vencido.
Você tem o poder de transformar a sua vida!
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