Abril de 2021, mês encerrado nesta sexta-feira (30), foi o mês mais letal da pandemia no Brasil , com mais de 82 mil mortes provocadas pela Covid-19 . Em 30 dias, foram 82.401 vidas perdidas no país, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa até as 20h do último dia do mês.

recorde de mortes por Covid-19 de abril vem imediatamente um recorde anterior, registrado em março: no terceiro mês de 2021, haviam sido 66 mil mortes pela doença provocada pelo novo coronavírus. Nos últimos dois meses, portanto, quase 150 mil vidas foram ceifadas pela doença.

Continua após a publicidade

No último dia do mês mais letal da pandemia, o Brasil teve 2.870 óbitos por Covid-19, totalizando 404.287 mortes e 14.665.905 infectados. Em 24 horas, foram 73.019 novos casos, em meio a período de afrouxamento de restrições em muitos estados e municípios, o que, segundo cientistas, aumenta o risco de termos uma terceira onda ainda mais letal da doença .

Nesta sexta, além de fechar seu novo mês recorde em mortes por Covid-19, o Brasil também chegou a 100 dias com média móvel de mortes acima

Publicidade

Leia Também:

média móvel de mortes é calculada semanalmente, somando todos os óbitos em sete dias e dividindo o resultado obtido por sete. O intuito é evitar distorções, como dias em que determinados estados atrasam a divulgação de dados ou há menos registros de mortes por conta dos cartórios fechados. Normalmente, por exemplo, fins de semana têm menos registros de mortes, e dias como terça, quarta e quinta-feira vêm recheados, com dados acumulados de dias anteriores.

Além de ter sido o mês com o número total de mortes mais alto, abril teve sete dos 10 dias com mais mortes por Covid-19, além do recorde geral diário. Em 6 de abril, foram 4.211 óbitos em 24 horas.

Vacinação segue lenta

Nesta sexta, mais uma vez foram aplicadas mais de 1 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 no País. No entanto, foram mais segundas doses (545.365) do que primeiras (459.235). A imunização nacional segue em velocidade abaixo da considerada ideal pelos órgãos de saúde, o que atrasa o processo de redução de mortes e pode propiciar a disseminação e criação de novas variantes.

Ao todo, 47.344.889 doses de vacinas foram aplicadas no Brasil, sendo 31.667.346 da primeira dose e 15.677.543 da segunda, segundo informações passadas pelas secretarias de Saúde. O total de doses aplicadas representa 19,68% dos brasileiros (primeira dose) e 9,74% (segunda dose).