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O recorde de mortes por Covid-19 de abril vem imediatamente um recorde anterior, registrado em março: no terceiro mês de 2021, haviam sido 66 mil mortes pela doença provocada pelo novo coronavírus. Nos últimos dois meses, portanto, quase 150 mil vidas foram ceifadas pela doença.
No último dia do mês mais letal da pandemia, o Brasil teve 2.870 óbitos por Covid-19, totalizando 404.287 mortes e 14.665.905 infectados. Em 24 horas, foram 73.019 novos casos, em meio a período de afrouxamento de restrições em muitos estados e municípios, o que, segundo cientistas, aumenta o risco de termos uma terceira onda ainda mais letal da doença .
Nesta sexta, além de fechar seu novo mês recorde em mortes por Covid-19, o Brasil também chegou a 100 dias com média móvel de mortes acima
A média móvel de mortes é calculada semanalmente, somando todos os óbitos em sete dias e dividindo o resultado obtido por sete. O intuito é evitar distorções, como dias em que determinados estados atrasam a divulgação de dados ou há menos registros de mortes por conta dos cartórios fechados. Normalmente, por exemplo, fins de semana têm menos registros de mortes, e dias como terça, quarta e quinta-feira vêm recheados, com dados acumulados de dias anteriores.
Além de ter sido o mês com o número total de mortes mais alto, abril teve sete dos 10 dias com mais mortes por Covid-19, além do recorde geral diário. Em 6 de abril, foram 4.211 óbitos em 24 horas.
Vacinação segue lenta
Nesta sexta, mais uma vez foram aplicadas mais de 1 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 no País. No entanto, foram mais segundas doses (545.365) do que primeiras (459.235). A imunização nacional segue em velocidade abaixo da considerada ideal pelos órgãos de saúde, o que atrasa o processo de redução de mortes e pode propiciar a disseminação e criação de novas variantes.
Ao todo, 47.344.889 doses de vacinas foram aplicadas no Brasil, sendo 31.667.346 da primeira dose e 15.677.543 da segunda, segundo informações passadas pelas secretarias de Saúde. O total de doses aplicadas representa 19,68% dos brasileiros (primeira dose) e 9,74% (segunda dose).
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