A creatina, conhecida principalmente por seu uso em esportes para melhorar o desempenho muscular, também tem se destacado por seus efeitos positivos nas funções cognitivas.
Pesquisas recentes indicam que essa substância pode ajudar em aspectos como a memória de curto prazo e o raciocínio lógico, especialmente em situações que exigem muita concentração.
Uma pesquisa realizada por cientistas da Grécia e divulgada pelo National Institutes of Health (NIH) analisou 281 participantes saudáveis e mostrou uma melhora significativa nas capacidades cognitivas após a suplementação de creatina.
Esses resultados destacam o papel da creatina não apenas no desempenho físico, mas também em sua influência benéfica no funcionamento do cérebro. E não importa se são creatinas baratas o importante é comprar creatinas de qualidade para melhorar seu desempenho.
Qual a função da creatina?
A creatina é produzida naturalmente pelo corpo a partir dos aminoácidos arginina, glicina e metionina, sendo sintetizada nos rins, fígado e pâncreas. Ela é fundamental para fornecer energia aos músculos.
Embora alimentos como carnes vermelhas, peixes, ovos e laticínios contenham creatina, a versão em suplemento é bastante utilizada por praticantes de atividades físicas e, mais recentemente, por aqueles que buscam melhorar o desempenho mental.
Creatina e o cérebro por Marcus Tulius Silva
O neurologista Marcus Tulius Silva, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), explica que o cérebro consome cerca de 20% da energia do corpo em repouso e pode se beneficiar da creatina devido às suas propriedades antioxidantes, que ajudam a proteger as células nervosas. Em situações de estresse, falta de sono ou até mesmo em casos de depressão, a suplementação tem mostrado resultados promissores para a saúde mental.
Ana Paula Cancio, nutricionista e doutoranda pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ressalta que a creatina pode ser bastante útil em rotinas que exigem alta concentração e produtividade.
No entanto, ela alerta que seu uso deve ser evitado por gestantes, lactantes e pessoas com problemas renais ou hepáticos, reforçando a importância de buscar orientação profissional antes de iniciar a suplementação.
Creatina não é só para quem malha
Embora muitas vezes associada à musculação, a creatina oferece uma série de benefícios que vão além do mundo fitness. A nutricionista Priscila Gontijo Corrêa listou sete vantagens:
- A creatina apoia a função cognitiva, combate a fadiga mental e pode proteger contra doenças como Parkinson e Alzheimer.
- Melhora da Saúde Óssea: Ela ajuda a aumentar a força muscular, reduzindo o risco de quedas e fraturas, além de melhorar a densidade mineral óssea.
- Controle Glicêmico: Pesquisas mostram que a creatina melhora a sensibilidade à insulina, auxiliando no controle dos níveis de açúcar no sangue.
- 4. Função Cardíaca: A substância também beneficia a função cardíaca, especialmente em pessoas com insuficiência cardíaca, aumentando a energia do coração.
Também ajuda quem lida com condições crônicas como fibromialgia, a creatina pode ajudar a amenizar o cansaço diário. Ela combate o estresse oxidativo, que está relacionado ao envelhecimento precoce e a doenças crônicas.
Já no idoso, a creatina ajuda a prevenir a sarcopenia, mantendo a força e a independência funcional à medida que envelhecemos.
Como usar creatina?
Recomenda uma dosagem de 3 a 5 gramas por dia, ou 0,1 g/kg de peso corporal. O mais importante é a regularidade, e a creatina pode ser consumida junto com carboidratos ou proteínas para otimizar a absorção.
Outra opção é o método de saturação, que envolve ingerir 20 gramas por dia em doses divididas durante 5 a 7 dias para acelerar os resultados.
Dicas para uso da creatina?
- Mantenha-se bem hidratado.
- Prefira a creatina monohidratada.
- Evite usar sem acompanhamento profissional, especialmente se você estiver grávida, amamentando ou tiver problemas renais ou hepáticos.
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