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Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

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Quais são as reais necessidades vitamínicas das grávidas?

Ajustes na prescrição ajudam da ovulação e espermatogênese ao desenvolvimento do feto, bem como na saúde da mãe

Dra. Mariana Rosario
Por Dra. Mariana Rosario
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Quais são as reais necessidades vitamínicas das grávidas?
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A gestação é o período em que o bebê literalmente suga as vitaminas que o corpo da mãe produz. O organismo privilegia a saúde da criança em formação, então, é necessário que exista uma suplementação vitamínica para que não haja a depleção do organismo materno. O assunto, seríssimo, não pode ser relegado pelas gestantes, porque a falta de nutrientes pode ser prejudicial para o desenvolvimento fetal e a saúde materna.

É preciso que se entenda que a gravidez tem momentos distintos e eles precisam de energia e vitaminas diferentes. Por isso, o acompanhamento médico e nutricional é fundamental.

O termo inglês “one year pregnancy” determina um ano de gravidez justamente pelo tempo necessário para o corpo se preparar para a concepção. Aqui, falamos do corpo feminino e masculino, porque quando ministramos o metilfolato e as vitaminas C e E nos pais, três meses antes da concepção, aumentamos a espermatogênese e a concepção se dá de maneira mais rápida e eficiente. Após a concepção, as vitaminas dos homens podem ser suspensas, enquanto as mães continuam com o pré-natal.

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Três meses antes de engravidar, a mulher precisa iniciar a ingestão do metilfolato, uma vitamina da família das vitaminas B, versão metabolizada do ácido fólico, importantíssima para a formação do sistema nervoso do feto. Como o sistema nervoso do bebê começa a ser formado na segunda semana da gestação, a mãe precisa estar preparada, porque a deficiência de ácido fólico pode trazer problemas graves à criança, como a má formação do tubo neural.

O metilfolato é mantido em toda a gestação, em doses variáveis, conforme a necessidade da paciente. A vitamina é tão importante que também está relacionada à prevenção da trombofilia: quem tem deficiência de ácido fólico pode apresentar, inclusive, uma mutação na enzima MTHFR, que metaboliza essa vitamina e está ligada à trombose, risco proeminente na gestação. Conforme citado acima, o homem também ingere o metilfolato três meses antes da concepção, suspendendo essa suplementação após a gravidez ser confirmada.

Além dessa vitamina, nos três meses que antecedem a concepção é iniciada a suplementação de vitaminas C e E, antioxidantes, que atuam sobre a qualidade da ovulação – assim como atuaram na espermatogênese masculina, citada acima.

Após a concepção, durante toda a gestação, é adotado um polivitamínico específico para gestantes, com selênio, zinco, ferro e outros componentes necessários para a manutenção das principais vitaminas. Além dele, é preciso suplementar Vitamina D e Ômega 3. É necessário atualizar as dosagens conforme os estudos conclusivos são publicados, já que a literatura nos mostra mudanças significativas nas necessidades das pacientes, que precisam ser repostas.

O Ômega 3 está relacionado ao desenvolvimento do sistema nervoso do bebê, atuando no processo cognitivo. Além disso, reduz a chance de parto prematuro, bem como está relacionado a outras áreas secundárias, como a da visão, por exemplo. Já a Vitamina D atua na redução da pré-eclâmpsia, evita a trombofilia e reduz a chance de parto prematuro, entre outras importantes funções.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Dra. Mariana Rosario é ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein.
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