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A relação entre o ex-presidente, Jair Bolsonaro com a condição vascular chamada erisipela não é recente e, segue causando problemas para a sua saúde. Ele teve de ser internado novamente para tratamento, dessa vez, durante sua passagem por Manaus.
Segundo as informações divulgadas em seu perfil oficial, chegou a procurar ajuda especializada no sábado, mas, horas depois, recebeu alta. Já no domingo, voltou a ser internado. Ele cancelou os compromissos. Anteriormente, em 2022, também precisou de cuidados médicos com o mesmo problema.
Segundo o médico cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, a erisipela é uma infecção causada pela bactéria estreptococo, acometendo os vasos linfáticos, afetando assim, a pele e, podendo ainda, se estender para a gordura do tecido celular.
A patologia não ocorre em grupo específico de pessoas, mas é mais propensa a surgir em idosos, diabéticos, obesos, pessoas com baixa imunidade e portadores de deficiência da circulação nas veias dos membros inferiores. Normalmente, se manifesta nas pernas, logo acima dos tornozelos, porém, também tem potencial para ocorrer na face e tronco.
O médico explica que a infecção penetra na pele de maneiras diferentes, como através de uma micose que se forma entre os dedos, na chamada frieira, por uma picada de inseto, ou qualquer outro tipo de ferimento. As pernas inchadas de pacientes idosos, diabéticos e obesos facilitam esse processo e, por isso, os grupos são considerados os de maior risco.
Os primeiros sintomas da condição são a presença de febre alta, calafrios, dor de cabeça, fraqueza, mal-estar, náuseas e vômitos. A pele também apresenta mudanças. À princípio, se torna bem lisa, brilhosa, vermelha e quente, à medida que o problema evolui, a dor, formação de bolhas e necrose são consideradas comuns. Outro sinal é a formação de ínguas na virilha.
O tratamento combina vários medicamentos, usando antibióticos, antinflamatórios e analgésicos, repouso com as pernas elevadas, para reduzir o inchaço, limpeza da pele e o fechamento das lesões que servem como porta de entrada da bactéria.
Josualdo recorda que a erisipela tem cura, mas pode ser tornar crônica, sobretudo quando o paciente não procura tratamento no início da doença. As complicações são o abscesso, ulcerações, profundas ou superficiais e, ainda, o risco de desenvolverem trombose. O linfedema também é comum e se trata de uma condição que causa o inchaço persistente, sendo mais comum nos membros inferiores.
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