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O valor da cesta básica em Araraquara subiu 0,56% em setembro, como aponta a pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio. O preço médio da cesta, que em agosto era de R$ 934,59, passou para R$ 939,82 no último mês, representando um aumento de R$ 5,23 no bolso dos consumidores.
No período, dois dos três grandes grupos apresentaram queda de preço: higiene pessoal, com deflação de 1,70% ou um decréscimo de R$ 1,88; e limpeza doméstica, com variação negativa de 1,32% ou queda de R$0,85 no preço médio. Já o grupo de alimentação, que possui maior peso no custo total da cesta, apresentou inflação de 1,05%, o que significou um encarecimento de R$ 7,95 no custo do item.
Ainda sobre setembro, os principais aumentos percentuais foram: 1) Carne de primeira – contrafilé (6,0%); 2) Linguiça fresca (3,7%); 3) Café torrado e moído (3,5%); 4) Farinha de mandioca torrada (2,3%); e 5) Leite em pó integral (2,0%). E os produtos com maior decréscimo percentual foram: 1) Cebola (-26,4%); 2) Sabonete em barra (-4,7%); 3) Sabão em barra (-4,4%); 4) Queijo Muçarela – peça (-3,1%); 5) Biscoito maisena (-2,9%).
A carne de primeira – contrafilé foi responsável pelo maior aumento em termos monetários, provocando o acréscimo de R$ 7,42 no custo médio da cesta, em razão do aumento de R$ 2,4/kg. Na outra ponta, o item que mais aliviou o bolso dos consumidores foi a batata, com um decréscimo de R$ 1,41 no custo da cesta analisada, em razão da diminuição de R$ 1,41/kg.
O maior aumento em termos monetários foi a carne de primeira – contrafilé, cujo mercado apresentou reduzida oferta devido à estiagem agravada pelas queimadas junto a uma demanda firme. O levantamento realizado pelo CEPEA/ESALQ-USP mostra que, no acumulado de setembro, o indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve acréscimo de 14,4%, fechando em R$ 274,35 no dia 30. Pesquisadores explicam que em setembro os reajustes compensaram as perdas que se sucederam ao longo de todo o primeiro semestre.
O aumento dos preços do café continua como reflexo de sua menor oferta, tanto global quanto nacional. “Segundo do CEPEA, o mercado segue atento a essa oferta reduzida, em especial a do robusta do Vietnã, país asiático que deve iniciar a colheita da nova safra em outubro. No Brasil, a falta de umidade já prejudica o desenvolvimento da safra 2025/26 de arábica e robusta. Isso deixa as plantas debilitadas e amplia o déficit hídrico em regiões produtoras”, avalia Bruno Camacho, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara.
Com relação aos movimentos de baixa, o destaque se deu na cebola, que segundo a Hortifrúti CEPEA, teve sua safra afetada por altos índices pluviométricos nos últimos dias do mês no Rio Grande do Sul. Os produtores da região têm enfrentado desafios com o grande volume de chuva decorrente do El Niño, que ocasionou quebra na temporada 23/24, que deve ultrapassar os 15%.
Inflação
No acumulado de janeiro a setembro de 2024, a cesta básica araraquarense barateou R$ 18,09 – o que corresponde a 1,89% de redução. Entre os grupos, a alimentação e limpeza doméstica apresentaram redução de preços, enquanto a higiene pessoal encareceu. Os produtos de limpeza doméstica registraram queda de 14,18% ou R$ 10,51; os itens de alimentação sofreram diminuição de 1,72%, o equivalente a R$ 13,40. Já o grupo de higiene pessoal obteve inflação de 5,67% ou R$ 5,81.
Com relação aos produtos, 13 dos 32 produtos apresentaram encarecimento entre os meses de janeiro e setembro de 2024. Os itens que apresentaram maior alta acumulada foram: 1) Alho (45,34%); 2) Arroz branco (41,16%); 3) Creme dental (21,79%); 4) Farinha de mandioca torrada (20,91%); 5) e Extrato de tomate (15,03%). Já os que apresentaram as maiores reduções foram: 1) Cebola (-52,00%); 2) Sabão em barra (-27,13%); 3) Óleo de soja (-25,54%); 4) Salsicha avulsa (-16,74%); 5) e Margarina vegetal (-15,05%).
Já a variação acumulada em 12 meses foi de 8,71%, ou seja, encarecimento de R$ 75,33. Sobre grupos, o de alimentação registrou inflação de 12,36%, equivalente a R$ 84,47. Já o grupo de higiene pessoal diminuiu 0,73%, ou R$ 0,79 e os produtos de limpeza doméstica ficaram 11,60% ou R$ 8,35 mais baratos.
Entre os produtos, 23 dos 32 oscilaram em direção ascendente – o que corresponde a 71,87% dos itens que compõem a cesta básica analisada. No acumulado de setembro de 2023 a setembro de 2024, destacam-se: 1) Batata (109,85%); 2) Alho (44,52%); 3) Arroz branco (31,09%); 4) Cebola (26,63%); e 5) Queijo muçarela – peça (24,88%). Já os produtos com as maiores reduções percentuais foram: 1) Sabão em barra (-21,55%); 2) Sabonete em barra (-15,52%); 3) Ovos brancos (-11,97%); 4) Sabão em pó (-11,81%); e 5) Farinha de trigo (-11,78%).
Renda
O custo médio da cesta básica em Araraquara representa atualmente 66,6% do salário-mínimo. O valor é superior ao registrado no mês anterior e, aproximadamente, 1,1 ponto percentual acima do registrado no mesmo mês do ano anterior, isto é, em setembro de 2023, quando o valor da cesta básica representava 65,5% do salário-mínimo vigente à época. Em setembro de 2022 e 2021, a cesta básica custava, em média, R$ 938,52 e R$ 834,50, representando, respectivamente, 77,4% e 75,9% do salário-mínimo do araraquarense.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, para um trabalhador que recebeu o piso nacional vigente de R$ 1.412,00 em setembro, ficou em 146 horas e 25 minutos, aproximadamente.
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