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As armas de gel se tornaram uma febre neste verão, atraindo a atenção de milhares de consumidores jovens. Apesar de aparentemente inofensivas, os riscos dessa “brincadeira” são grandes, inclusive para a visão. Apesar de serem consideradas seguras pela população, sobretudo devido ao material da munição, a realidade é diferente. Os órgãos de saúde como a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), médicos e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), alertam pais, responsáveis e adeptos sobre a possibilidade de lesões oculares de caráter irreversível.
Como o próprio nome leva a entender, o equipamento de gel segue a mesma ideia das armas já comercializadas há muitas décadas, com munição feita de um material leve e maleável, como espuma, a diferença, no entanto, está na classificação, uma vez que a versão mais moderna não é considerada um brinquedo e, muito menos, recomendada para menores de 14 anos.
O modelo mais próximo, ainda seria o airsoft, usado em atividades imitando ações militares, em ambientes controlados, cuja intenção é derrotar o time adversário.
De acordo com a diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, os riscos são decorrentes da força do disparo, suficiente para causar uma perfuração ocular, descolamento de retina e, até mesmo, a perda da visão. A situação ainda pode provocar outros sintomas, considerados menos graves, como inflamações, hematomas e cortes profundos, que também precisam ser tratados por um profissional.
A perfuração ocular é uma ocorrência grave e, quando não cuidada adequadamente, com o acompanhamento de um oftalmologista, pode levar à diminuição da acuidade visual e, até mesmo, à cegueira.
O mesmo se passa com o descolamento de retina. A retina está na parte posterior do olho, sendo uma fina camada transparente para proteger e manter a capacidade de enxergar.
A melhor indicação é evitar comprar armas desse tipo para os filhos, assim como, não frequentar locais em que estejam sendo utilizadas, uma vez que é cada vez mais comum ver relatos de “guerras” nas ruas de algumas das principais cidades do país.
Caso seja impossível evitar e alguém acabe sendo atingido, a recomendação de Juliana é procurar um hospital para atendimento especializado, análise ocular e tratamento, que precisa ser feito corretamente, prevenindo o desenvolvimento do problema e o surgimento de sequelas.
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