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Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

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Dia Internacional da Tireoide conscientiza sobre cuidados com glândula essencial ao corpo humano

Comunicação AMZ
Por Comunicação AMZ
Dia Internacional da Tireoide conscientiza sobre cuidados com glândula essencial ao corpo humano
Crédito: Divulgação
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O Dia Internacional da Tireoide é lembrado em 25 de maio, quarta-feira, e a campanha de divulgação avança para a Semana Internacional de Conscientização da Tireoide, entre os dias 23 e 27 do mês. Tanta atenção dada a essa glândula se justifica: ela produz hormônios que são liberados na corrente sanguínea e levados a vários órgãos, e sua função mais importante é a regulação do metabolismo de todos sistemas do corpo humano. 

Quando a tireoide adoece, o corpo padece. O especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Dr. José Higino Steck, da equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço-IOU, na Unicamp, e da Disciplina de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico Facial da Unicamp, explica que a tireoide pode ter desajuste funcional ou anatômico: O hipotireoidismo, em que ocorre falta de hormônio tireoidiano, e o hipertireoidismo, quando acontece o excesso de produção.  

Além disso, as alterações anatômicas podem representar a presença de nódulos na tireoide. Cerca de 15% dos casos encontrados na população são diagnosticados durante exame clínico, ao apalpar do médico. Destes, em torno de 10% podem ser nódulos malignos. Esse índice pode subir quando o exame aplicado é a ultrassonografia. O câncer da tireoide é o 5o câncer mais comum em mulheres no Brasil. 

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A tireoide tem o formato de borboleta, está localizada no pescoço e “abraça” a traqueia. Todas as pessoas nascem e vivem com essa glândula. Ela produz os hormônios triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). 

Ninguém vive sem os hormônios tireoidianos, fundamentais para a regulação do metabolismo, condição essencial em todas as fases da vida: crescimento, fertilidade, reprodução, funcionamento intestinal, batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, etc. Na ausência da tireoide – ou quando ela não funciona adequadamente –  é necessária a reposição hormonal para equilíbrio do metabolismo” enfatiza o Dr. Higino. De acordo com o médico, algumas doenças da tireoide são autoimunes e outras têm causas desconhecidas. 

Câncer de tireoide 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima para esse ano 13.780 novos casos de Câncer de Tireoide no Brasil (1.830 homens e 11.950 mulheres). A incidência é maior no sexo feminino devido a um tipo de câncer, o papilífero. Segundo o Dr. Higino, não existe uma causa definida pra essa discrepância dos índices de casos, até porque não se conhece a causa do câncer de tireoide. 

O tratamento do câncer de tireoide pode ser cirurgia, terapias ablativas (ablação por radiofrequência) e, em alguns casos, a vigilância ativa, que pode ser usada em alguns casos específicos de tumor e em pacientes peculiares. “Consiste em apenas fazer seguimento, isto é, acompanhar o paciente com exames de ultrassom periódicos medindo o tamanho da lesão pra analisar se há crescimento”. 

Destaques:

Sintomas

- No hipotireoidismo: alteração de humor, desânimo, distúrbio do sono, pele seca, queda de cabelo, intolerância ao frio (sente mais frio do que o normal), edema de pernas e mãos, intestino preso, etc.; 

- No hipertireoidismo: os sinais são opostos aos do hipotireoidismo. Podem apresentar agitação, irritabilidade, insônia, unhas quebradiças, intolerância ao calor (sente mais calor do que o normal), diarreia, taquicardia e tremor das mãos;  

  • Os nódulos podem ser assintomáticos!

Diagnóstico  

- Os médicos especialistas em endocrinologia e cirurgia de cabeça e pescoço podem avaliar pacientes com nódulos de tireoide. Em geral, o endocrinologista cuida da parte clínica e o cirurgião de cabeça e pescoço faz a cirurgia ou procedimentos na glândula tireoide;

- A ultrassonografia é o principal exame para avaliar nódulos de tireoide;

- Os exames de sangue (dosagem de TSH e T4) avaliam a função da tireoide, mas não os nódulos.

Tratamentos 

- Alterações funcionais podem ser tratadas com medicamentos e alterações anatômicas podem precisar de cirurgia ou terapias ablativas (ablação térmica ou química) e, ainda, algumas vezes, apenas seguimento.

Prevenção 

- Não existe nenhuma dieta ou cuidado especial que possa impedir o aparecimento de alterações na tireoide.

 

IOU e a tireoide 

O Instituto de Otorrino & Cirurgia de Cabeça e Pescoço – IOU, a ser inaugurado no primeiro semestre de 2022, vai oferecer um programa de atendimento inovador para os pacientes com nódulos de tireoide. O Dr. Higino destaca que inicia em um ambulatório específico multidisciplinar, com especialistas em Endocrinologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Um equipamento de ultrassonografia de última geração, que permite ver a imagem em tempo real, realização de biópsias e tratamentos de alguns tipos de nódulos e cistos, será usado para examinar o paciente, que receberá a atenção necessária, incluindo as cirurgias, quando indicadas.

Sobre o IOU 

O Instituto de Otorrino & Cirurgia de Cabeça e Pescoço – IOU é a reestruturação e expansão da Divisão de Otorrinolaringologia, Cabeça e Pescoço do Hospital de Clínicas da Unicamp. O IOU, que já nasce um modelo nacional, prestará atendimento ao público do Sistema Único de Saúde (SUS) encaminhado pela Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas e Serviços de Saúde) e também pacientes da saúde suplementar.

O prédio do IOU, que tem quatro pavimentos e 7 mil m2 construídos, deriva de investimento de R$ 65 milhões, recurso vindo de um Termo de Ajustamento de Conduta realizado pelo Ministério do Trabalho com a Shell – no maior acordo da história da Justiça do Trabalho quanto a indenização a trabalhadores e recuperação ao meio ambiente no município de Paulínia (SP) –, acrescidos de doações recebidas de empresas e pessoas físicas. 

Sob coordenação do prof. titular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Dr. Agrício Crespo, o IOU será referência em atendimento especializado no país e na América Latina.  

Serão oferecidos no IOU consultas médicas e não médicas, cirurgias e exames diagnósticos, entre eles ultrassonografias, endoscopias, tomografias computadorizadas e exames radiológicos, tratamento e reabilitação do câncer de cabeça e pescoço, das vias respiratórias superiores, cuidado de crianças traqueostomizadas, doenças do equilíbrio, da surdez e distúrbios da voz e deglutição.  

O projeto do IOU é singular no meio acadêmico e é voltado à formação de especialistas e à educação continuada, além do desenvolvimento de pesquisas e difusão de novos conhecimentos. 

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