A luta por igualdade de gênero nos postos de emprego é uma das pautas levantadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas apesar do crescimento de mulheres no mercado de trabalho nos últimos anos, o progresso ainda é considerado lento.
Com a pandemia, o impacto negativo sobre a força de trabalho feminina e as desigualdades de gênero pré-existentes apresentam dados alarmantes. No Brasil, o número de mulheres que deixaram seus empregos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), chegou a 8,5 milhões, e a participação no mercado de trabalho caiu para 45,8%, a taxa mais baixa dos últimos 30 anos.
O desemprego aumentou em toda a União Europeia em 2020, e as mulheres perderam seus empregos mais rapidamente do que os homens. No Brasil, o panorama não é diferente. Segundo o relatório das ONGs Gênero e Número e da Sempreviva Organização Feminista (SOF), cerca de 50% das brasileiras passaram a cuidar de outra pessoa durante a pandemia, e 40% das entrevistadas afirmaram que o isolamento social pôs em risco o sustento de seu lar.
Mulheres no setor calçadista
Fortalecer a inclusão da mulher e combater a desigualdade de gênero no setor calçadista é um dos temas mais debatidos. Essa mudança de cultura é construída gradativamente, ano após ano, em diversos setores do mercado, e com o calçadista não seria diferente.
No Brasil, quando falamos de setor calçadista, mais de 33% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, enquanto a média nacional é de 25%, de acordo com a consultoria internacional Grant Thornton.
A empresa paulista La Femme, referência no segmento de calçados flats com pedrarias no Brasil e dona de um parque fabril de 2.500 m², se orgulha de possuir 65% do seu quadro de funcionários composto por mulheres.
“O nosso público é feminino. Temos, por um lado, o cuidado com as nossas consumidoras, e, por outro, a responsabilidade com as mulheres do nosso entorno. Por isso, buscamos a realização tanto de ações internas quanto externas, impactando positivamente o maior número possível de mulheres”, explica a diretora da empresa, Silvia Barboza.
A La Femme conta com aproximadamente 65% de mulheres no corpo de funcionários, das quais cerca de 14 % ocupam cargos de liderança. A marca possui uma preocupação genuína com o tema e tem ações internas de valorização à mulher. A mais recente ocorreu em março, no Dia Internacional da Mulher, com o título Mulheres La Femme.
“Para valorizar quem sempre está conosco, proporcionamos para as cinco colaboradoras mais antigas da empresa um dia especial, com salão de beleza, ensaio fotográfico, e outras atividades que, por mais singelas que pareçam à primeira vista, tiveram a importante missão de resgatar o autocuidado e ao autoamor na rotina dessas mulheres”, destacou Silvia.
A empresa também desenvolve ações externas e colabora com inúmeras instituições que promovem ações para ajudar mulheres.
La Femme
A La Femme é referência no segmento de calçados flats com pedrarias no Brasil. Com um parque fabril de 2.500 m², a marca produz para mais de 1.000 lojas multimarcas em todos os estados do Brasil e no mundo, como África do Sul, Bolívia, Colômbia, República Dominicana, Equador, Emirado Árabes Unidos, Estados Unidos, Paquistão e Paraguai. Com produção diária de 1.500 pares, a La Femme já produziu e distribuiu mais de 3,5 milhões/pares no mercado nacional e internacional.