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A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) registrou um crescimento em diagnósticos de trombose com um número de internações próximo de 500 mil, entre 2012 e 2023. Uma constatação alarmante entre os especialistas é que essa condição está cada vez mais frequente entre os jovens.
A verdade é que, infelizmente, adolescentes e jovens adultos estão menos ativos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a entidade, aproximadamente 47% dos brasileiros adultos são sedentários, com um número ainda superior para jovens, 84%.
O cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, recorda que por muitos anos, a trombose foi uma patologia ligada a pessoas mais velhas, sobretudo, à terceira idade. Entretanto, essa ideologia está caindo por terra e faz com que os especialistas questionem os motivos dessa elevação, buscando soluções para evitar ainda mais casos e, também, fatalidades.
A trombose decorre da formação de um coágulo de sangue nos vasos, obstruindo o local e, consequentemente, dificultando a circulação adequada. Os membros inferiores são os mais acometidos, uma vez que a movimentação do sangue é, naturalmente, mais lenta nessa região, fazendo com que permaneça mais tempo parado.
Os fatores de risco conhecidos são genética, idade, sedentarismo, obesidade, varizes, aterosclerose, doenças crônicas, ter passado por longas hospitalizações e/ou cirurgias e fraturas recentes. Josualdo afirma que o tabagismo e a falta de ingestão de água também são considerados alertas para o aumento da probabilidade de desenvolver a condição.
Os hábitos inadequados também estão sendo considerados os principais culpados por essa ameaça ao grupo mais jovem, sobretudo, pelas alterações nos últimos anos, com trabalho e estudos acontecendo online e hobbies que, anteriormente, aconteciam com brincadeiras de rua e, agora, são computador, celular ou videogames, tornando essa parcela da população mais sedentária.
Também é preciso pensar nos anticoncepcionais e outros produtos hormonais. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), referente a 2015, apontou que 79% das brasileiras, em relacionamento estável, usando o medicamento nesse ano, a média global era de 64%. O problema é que os hormônios da composição alteram a coagulação, favorecendo a formação dos coágulos.
O médico ainda alerta que nem sempre, a trombose apresenta sinais, por isso, é ainda mais importante se preocupar com o check-up. Normalmente, os sintomas aparecem, quando o caso é considerado grave, causando dor, alterações na cor, textura e temperatura da pele e inchaço.
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