Sair de uma sala de aula do Brasil para ficar horas dentro de uma sala de aula em outro país é a melhor maneira de aprender inglês? A resposta para esta pergunta é de fundamental importância para aqueles que pensam em fazer um intercâmbio. Cada pessoa tem suas condições, mas é preciso analisar como um todo. Eu costumo dizer que, para aprender o inglês, mais do que estudar, você precisa viver o idioma.
Por isso, quando as pessoas vêm até mim falar sobre o “intensivão”, que seria passar o mês das férias nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda ou em outro país que fale inglês, o meu conselho sempre é o mesmo: se você tem o dinheiro e o tempo, vá viver!
Em um curso fora do país, que você ficará preso cinco horas por dia em uma sala de aula, os ensinamentos não serão muito diferentes dos cursos convencionais do Brasil. Além disso, os companheiros de classe, por muitas vezes, são asiáticos – o que dificulta a compreensão do idioma – ou são brasileiros, o que atrapalha na hora de aprender, já que sempre terá alguém ao seu lado falando português.
Com o dinheiro que você pagaria para uma agência de intercâmbio, que vai organizar sua viagem, com um curso e a hospedagem, por exemplo, você conseguiria se hospedar no mesmo país e conhecer, no mínimo, três cidades diferentes. Essa vivência, com certeza, será mais agregadora do que aprender gramática em uma sala de aula.
Nas ruas, ninguém está interessado se você está conjugando o verbo corretamente ou em outros detalhes gramaticais. Vivendo a realidade do país, o primordial será você se fazer entender. E eu posso te garantir que isso será muito mais interessante para que você seja fluente na língua inglesa.
Com o tempo livre, sem a obrigação de ir para uma escola, você poderá ainda encontrar um trabalho temporário. Imagine o quanto não é possível aprender enquanto você atende clientes em um café, enquanto você lava carros ou enquanto você cuida de uma criança sendo babá em uma casa de família.
Então, se permita explorar lugares, conhecer pessoas, atrações turísticas e outras cidades. Mais do que um “intensivão de férias” transforme esse período em um “intensivão de vida”. Viva, erre e dê a cara a tapa! É assim que você conseguirá aprender muito além das normas e descobrirá como realmente falam os nativos da língua.
Os livros didáticos, infelizmente, se tornaram um grande “negócio”. Então, o que esses cursos de intercâmbio querem é que os alunos que chegam de outros países tenham de fazer esse investimento.
A minha dica principal para este assunto é: viaje, peça informações sem medo de errar e faça parte do meio.
*Márcio Cafezeiro é diretor pedagógico da IP School – Inglês Particular (www.ipschool.com.br). Autodidata, aprendeu inglês ainda criança, assistindo a filmes e desenhos animados insistentemente. Hoje, possui as certificações Toeic, Toefl e Cambridge, as mais conceituadas do mundo.
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