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Esgotamento mental afeta 90% das mães que estão no mercado de trabalho

Entre as mães entrevistadas, 54% já possuem diagnóstico de burnout e 17% indicam suspeita de doenças emocionais; veja os dados

Dione Alves
Por Dione Alves
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Esgotamento mental afeta 90% das mães que estão no mercado de trabalho
Foto: Vasilis Caravitis / Unsplash / Divulgação
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Pesquisa inédita sobre o burnout parental no Brasil revela que cerca de 90% das mães que estão no mercado de trabalho enfrentam esgotamento mental. Essa situação ocorre porque muitas precisam conciliar a jornada profissional com estudos e com a vida familiar junto aos filhos.

Além disso, 68% das entrevistadas afirmam ter sofrido impacto em suas carreiras devido à chegada dos filhos, e 59% relataram ter sido questionadas sobre maternidade em processos seletivos ou promoções.

  • Entre as entrevistadas, 54% já possuem diagnóstico de burnout,
  • 17% indicam suspeita de doenças emocionais,
  • e o restante apresenta altos riscos de desenvolver problemas relacionados no futuro.

Os dados da pesquisa foram apurados pela B2Mamy, maior comunidade de mães do País, que possui cerca de 100 mil integrantes, numa parceria conjunta com a Kiddle Pass, primeiro aplicativo de atividades interativas para crianças.

“O risco para o mercado de trabalho é claro: sem mulheres saudáveis e aptas a comporem os times, a perspectiva nos próximos cinco a dez anos é preocupante”, diz a head de Saúde e Bem-estar da B2Mamy, Lygia Imbelloni.

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Até 2030, a presença de mulheres no mercado de trabalho pode chegar a 65% | Foto: Site Adobe Stock

Organizações têm despreparo para lidar com problema

Os dados também revelam a baixa maturidade das organizações em lidar com essas questões. Dentre as mulheres entrevistadas que trabalham em empresas, 40% disseram que não contam com nenhum tipo de segurança psicológica junto a seus líderes e equipes, levando-as a ocultar ou distorcer suas necessidades e demandas relacionadas aos filhos.

No que se refere a assistências e serviços especializados oferecidos pelos empregadores, as iniciativas mais comuns são limitadas aos benefícios básicos, como:

  • planos de saúde,
  • licença maternidade
  • e auxílio-creche.

Um percentual significativo, de 27% das mães, afirmaram não ter acesso a nenhum benefício de apoio à maternidade e à família.

“Vemos muitas empresas comprometidas com metas de equidade e investindo alto em programas de bem-estar para os colaboradores, mas percebo que uma fatia essencial da população corporativa está sendo esquecida”, avalia a CEO da Kiddle Pass, Marianna Espíndola.

Segundo ela, o apoio à família e à parentalidade é uma competência organizacional e precisa ser pensada como uma estratégia pela empresa.

“A conta nos próximos anos vai ser cara para as companhias, visto que a demanda por ambientes que proporcionem maior equilíbrio já ocupa o primeiro lugar como critério de escolha e permanência no emprego, além do aumento da presença feminina, que será acelerada nos próximos anos”, diz ela.

FONTE/CRÉDITOS: Foto: Vasilis Caravitis / Unsplash / Divulgação
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Dione Alves

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Dione Alves

Mineiro, Dione Alves é empreendedor, jornalista e pós-graduado em Marketing de Relacionamento. Também é especialista em Cinema de Animação. Tem experiência em assessoria de imprensa para o mercado corporativo.

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