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O glaucoma é um dos problemas oculares mais comuns no Brasil, considerado a principal causa mundial de cegueira não reversível. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) aponta que mais de 85 mil brasileiros realizaram uma cirurgia para controle, 20.248 delas, apenas no ano passado, o equivalente a 55 operações por dia.
A ocorrência das cirurgias foi maior nos estados de São Paulo, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente. O cantor Marrone, da dupla Bruno e Marrone, é um dos maiores exemplos atuais de personalidades nacionais que passaram pelo procedimento neste ano, após ter sido diagnosticado com a patologia, já em estado avançado.
A oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Paula Guimarães, explica que o glaucoma eleva a pressão intraocular. A condição acontece devido à produção e falta de escoamento do humor aquoso, líquido que circula pelo globo ocular para nutrir a córnea e manter a temperatura interna.
A origem é bastante silenciosa, dificultando um diagnóstico precoce. Já em estado avançado, os principais sintomas são a perda gradual da visão, visão embaçada, dor forte e súbita nos olhos e na testa, sensibilidade à luz, olhos vermelhos, inchaço, lacrimação, náuseas e vômitos.
O diagnóstico é feito em consultório e o tratamento é indicado conforme cada caso. O COB afirma que a maioria dos pacientes consegue manter esse controle com o uso de medicamentos (colírio), sendo, às vezes, mais de um.
De acordo com Paula, a cirurgia é apenas indicada para manifestações avançadas, existindo diferentes métodos disponíveis, inclusive, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos mais populares e seguros é o Selective Laser Trabeculoplasty (SLT), usando o laser para drenar o humor aquoso do olho. Os resultados são tão positivos que se pode até eliminar o uso diário de colírios.
É preciso ter atenção ao histórico familiar, altos níveis de miopia e hipermetropia e a idade. O conselho acredita que até 1,5% da população tenha risco para desenvolver a condição. A probabilidade aumenta para 2%, a partir dos 40 anos e, 6%, aos 70, sendo ainda, pretos e pardos os mais atingidos.
A recomendação é consultas rotineiras, mesmo sem qualquer alteração ocular. Vale lembrar que, mesmo após a cirurgia, deve-se manter o acompanhamento periódico.
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