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Sexta-feira, 23 de Maio de 2025

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BELO HORIZONTE É SEGUNDA CAPITAL BRASILEIRA MAIS DEPRESSIVA 

Multi Comunicar
Por Multi Comunicar
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BELO HORIZONTE É SEGUNDA CAPITAL BRASILEIRA MAIS DEPRESSIVA 
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a depressão o “mal do século” e, após o Brasil aparecer na lista dos países com maior incidência, a capital mineira também entrou para a estatística dessa lamentável realidade. De acordo com a última pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde, de 2023, a média de frequência de diagnósticos para depressão é de 12,3% nas 26 capitais e o Distrito Federal, sendo Belo Horizonte, a segunda com maior índice, de aproximadamente 17,4% da população - 402.907 pessoas.

O número cresceu, desde o ano do último levantamento em 2021, quando a cidade apresentava taxa de 17,2%, ficando, agora, atrás apenas de Porto Alegre (RS). O crescimento apenas reforça a preocupação de profissionais sobre a saúde mental e a busca por qualidade de vida.

De acordo com a PHD em neurociências, psicanalista e psicopedagoga, Ângela Mathylde Soares, a depressão decorre de uma série de motivos. Por muito tempo, a condição foi ‘ligada à falta de Deus”, ou até mesmo, uma frescura, que nada tem a ver, afinal, o Brasil tem dois grandes exemplos de sacerdotes vítimas da condição, os padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo, que, recentemente, usaram as redes sociais para compartilhar a luta e anunciar uma pausa na agenda para tratamento.

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A verdade é que a depressão tem origem em uma série de motivos combinados, como a genética, o cotidiano atarefado e acelerado, os problemas familiares e no trabalho, a falta de dinheiro e emprego, cobranças e o excesso de exposição às telas e redes sociais, provocando ansiedade e estresse. 

É possível perceber as mudanças ao longo do tempo, através de hábitos, por exemplo, a rotina de sono, mudanças de peso, baixa imunidade, libido e uma queixa frequente de dores. A psicanalista lembra que os sintomas decorrem de uma série de doenças, mas, “quando combinados, maior a probabilidade de se tratar de uma depressão, indicando a necessidade de avaliação profissional”.

Os indivíduos com depressão têm a tendência de dormir muito ou sofrer com a insônia, devido a modificações fisiológicas. As alterações no ciclo do sono, nunca devem ser consideradas normais, assim como a mudança de peso.

A depressão afeta a libido a ponto de restringir a auto-estima, interesses e diminuir o prazer e disposição para atividades, comprometendo a vontade de praticar atividade física, elevando a chance de os indivíduos ganharem peso, os passeios com amigos e até o desejo sexual.

Já as dores, se tornam mais comuns com os efeitos similares da depressão ao estresse, deixando os músculos tensos, levando a somatização por transformarem os sentimentos em dores físicas, mesmo sem perceberem. Neste caso, se as pessoas já possuem dores crônicas, a tendência é o desconforto aumentar.

Ângela recorda que os cuidados com a saúde mental foram, por muitos séculos, negligenciados, rotulados como um tabu, sendo voltados apenas para pessoas “malucas”. Na realidade, deveria ser uma prática adotada por todos e, não apenas para diagnosticar alguma condição mental, como também, pela oportunidade de se conhecer melhor. Afinal, trata-se de um espaço seguro para compartilhar  pensamentos mais profundos e não conversados com qualquer pessoa.

Devido a evolução do conhecimento sobre saúde mental, cada vez mais brasileiros buscam auxílio e ajudam quem mais necessita de amparo, mas possuem medo ou sequer percebe a realidade em que se encontra, completamente estagnada, sem perspectiva e vontade de viver. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais assertivo é o tratamento, controlando os efeitos bastante incômodos, antes de evoluírem. 

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