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O mês de abril é dedicado à campanha de conscientização sobre a prevenção da cegueira e deficiência visual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que 80% desses diagnósticos poderiam ser evitados com consultas periódicas e cuidados especiais.
Segundo a oftalmologista e diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, a deficiência visual decorre da perda ou redução da capacidade visual, parcial ou total, além de congênita - ou seja, de nascimento - ou adquirida ao longo da vida. Já a cegueira, é considerada um tipo dessa deficiência com a ausência total da visão ou a percepção de luminosidade.
A catarata é considerada o único tipo de cegueira reversível no mundo, sendo também, a mais conhecida, responsável por aproximadamente 51% das queixas. A principal origem está ligada ao envelhecimento do cristalino, contudo, é uma doença multifatorial, podendo surgir por outros motivos, como idade, lesões oculares ou exposição exagerada ao sol, sem a devida proteção.
Já o glaucoma, é o principal culpado pelo tipo irreversível de cegueira. A condição costuma surgir silenciosamente, por volta dos 40 anos, ocorrendo a elevação da pressão interna do globo ocular e, aos poucos, passa a afetar o nervo óptico que liga o olho ao cérebro para enxergar.
Juliana recorda que a evolução da medicina já permite controlar o avanço da patologia com o uso de colírios ou a cirurgia de SLT, sendo possível eliminar, parcialmente ou totalmente, a aplicação de colírios.
A degeneração macular também é uma condição perigosa. A mácula é atingida, área central e vital da retina e, paulatinamente, apresenta perda gradual da visão central. Comumente, a genética, idade, doenças cardiovasculares, hipertensão, alimentação rica em gorduras e pobre em frutas e verduras, obesidade, tabagismo e exposição exagerada ao sol são considerados os maiores fatores de risco, propiciando o desenvolvimento.
Algumas dessas doenças possuem fatores secundários mais chamativos, que, controlados, servem como prevenção ocular. Um exemplo é o diabetes com a capacidade de influenciar todo o funcionamento do organismo, afetando órgãos importantes. Neste caso, a patologia é chamada retinopatia diabética, decorrente do descontrole do nível glicêmico.
O alerta está na estimativa do Ministério da Saúde que até 39% dos portadores de diabetes desenvolverão a condição. O risco é ainda maior, caso já possua o diagnóstico há pelo menos 20 anos, sendo de 90% para diabéticos tipo 1 e até 60% para o tipo 2, reforçando a importância de manter um acompanhamento profissional para evitar a cegueira.
Juliana afirma que, independentemente da idade, do histórico familiar, das condições de saúde já diagnosticadas e a ausência ou não de sintomas, a recomendação dos oftalmologistas e de órgãos de saúde, como a OMS, é fazer um check-up ocular anual, garantindo um diagnóstico precoce e mais oportunidades de tratamento e consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
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