Conferência Nacional LGBTQIA+ em Brasília Debate Políticas Públicas e Combate à Discriminação
Ministras, parlamentares e representantes da comunidade LGBTQIA+ de todo o país defenderam, nessa terça-feira (21), a necessidade da combinação de políticas públicas e participação social como caminho de transformação no combate à VIOLÊNCIA e à discriminação. Eles participaram da abertura da 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que vai até sexta-feira (25) em Brasília.
Com o lema "Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+", o encontro pretende ser um espaço de escuta ativa. Uma política nacional voltada para a comunidade deve ser apresentada após o evento. Mais de 1,5 mil pessoas de diferentes regiões do país estão na capital para participar das discussões.
Desafios e Representatividade
Em uma das mensagens, a ativista baiana Jovanna Cardoso (Jovanna Baby), de 62 anos, destacou que 73% das pessoas trans são negras. Ela defendeu que é necessário que a comunidade tenha acesso a programas e benefícios, como o Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, da mesma forma que chegam às pessoas cisgênero.
Outra manifestação de alerta foi da secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat. Para ela, o ativismo no Brasil é fundamental para fazer a diferença na busca pelo aperfeiçoamento dos direitos e no combate à violência.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, anunciou a criação de um grupo de trabalho voltado para tratar dos casos de violações contra esse público. “As taxas de desemprego de pessoas trans são desproporcionalmente altas e as atividades de sobrevivência são em condições precárias", afirmou.
Participação Ministerial e Legislativa
Quatro ministras participaram do evento. Marcia Lopes (Mulheres) defendeu a ampliação da política de cotas para a comunidade LGBT. Sônia Guajajara (Povos Indígenas) alertou que existem violências frequentes contra indígenas em comunidades de todo o país.
Entre as parlamentares, a deputada Erika Hilton lembrou que a comunidade tem mostrado união. A deputada federal Duda Salabert disse que sua principal luta é que a filha não tenha vergonha de ter uma mãe travesti, ressaltando o foco em cuidar das próximas famílias.
Comentários: