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O trabalho é um grande causador de desconfortos e ainda pode comprometer a saúde mental. O Ministério da Previdência Social aponta que, em 2023, mais de 145 mil brasileiros foram afastados, devido a transtornos, número 45% maior que o ano anterior. A situação reforça a importância de abordar as questões que mais levam os funcionários a cometerem suicídio e formas de garantir a essas pessoas, maior bem-estar, prevenindo tristes números.
Trabalhar é uma atividade essencial e, por isso, a influência no cotidiano deve ser considerada. Afinal, são horas de dedicação, muitas vezes, longe de casa, da família, amigos, enfrentando horas de trânsito e, até mesmo, situações perigosas, colocam as vidas em risco para garantir a sobrevivência.
A pesquisadora, psicóloga e advogada do escritório Vasconcelos Rodrigues de Oliveira Advogados Associados, Maria Inês Vasconcelos, explica que os ambientes empresariais provocam sofrimento psíquico, decorrente do estresse, a cobrança por resultados, assédio, excesso de trabalho, falta de reconhecimento e as longas jornadas, contribuindo ainda mais para o declínio da saúde mental. O risco está na possibilidade de esgotamentos e transtornos, como o burnout, pânico, depressão, a ansiedade e, até mesmo, culminar no suicídio.
Algumas profissões estão mais propensas a esse problema do que outras, como por exemplo, os bancários, militares, policiais e aqueles nas áreas de saúde, como médicos e enfermeiros, sofrendo com constante alerta e precisam ser ágeis ao lidar diretamente com a vida das pessoas e, muitas vezes, as veem esvair diante de seus olhos.
As empresas precisam observar as ações e buscar solução para esses problemas. Segundo Maria Inês, existem diferentes formas para tornar o ambiente de trabalho mais confortável, quer seja através de mudanças envolvendo o investimento da infraestrutura desenvolvimento profissional e a comunicação, a promoção de eventos, da diversidade e inclusão, uma boa e eficiente gestão de conflitos, a humanização do RH, a criação de recompensas, o reconhecimento, o feedback, o incentivo a cuidados com a saúde e a implementação de horários mais flexíveis.
As práticas aumentam o engajamento, melhoram as condições de saúde dos colaboradores como um todo, permitindo que se sintam confortáveis e satisfeitos na empresa e, consequentemente, incrementando a produtividade.
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