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Algumas patologias são completamente desconhecidas para grande parte da população, mas o diagnóstico de famosos e as suas movimentações para conscientizar as pessoas pela internet, acabam contribuindo com a prevenção de muitas delas, como o caso de trombofilia vivida por Mariana Rios.
A atriz e cantora divulgou o caso em suas redes sociais, contando que recebeu o diagnóstico durante sua jornada para engravidar. A verdade é que a condição pode surgir ao longo da vida e, não está diretamente ligada a fatores genéticos (por isso, adquirida), mas pode afetar a fertilidade e saúde gestacional.
Porém, o que de fato acontece na trombofilia? Segundo o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) Josualdo Euzébio Silva, a doença amplia o risco da formação de coágulos sanguíneos e, assim, é considerada perigosa durante uma gestação, uma vez que “coágulos podem bloquear a circulação de veias importantes, impedindo a distribuição adequada pelo corpo”.
Os riscos estão em eventuais abortos espontâneos, pré-eclâmpsia (elevação da pressão arterial após a 20ª semana de gestação), além do desenvolvimento e crescimento fetal. Mulheres com perdas gestacionais repetidas devem investigar a possibilidade de apresentarem o problema.
É importante destacar que a doença também é responsável por ocorrências de infertilidade, já que os trombos podem fechar os vasos do endométrio, dificultando a implantação do embrião ou a chegada de nutrientes adequados para o desenvolvimento de um feto.
A trombofilia pode ser identificada durante a gravidez, e esse é apenas um dos motivos pelo qual o acompanhamento pré-natal é tão importante. O diagnóstico acontece através de exames, como o de sangue e análise do histórico médico e familiar.
Josualdo alerta que a condição não possui cura, por isso, os cuidados devem seguir pela vida, pois afetam a gestação, aumenta a probabilidade de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e embolias pulmonares, ambos, capazes de levar à morte.
O método mais popular é o uso de anticoagulantes, receitados pelo médico cirurgião vascular, visando deixar o sangue mais líquido, diminuindo os riscos de formação de coágulos. Outras opções envolvem antiagregantes, estatinas e trombolíticos.
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