Participe do nosso grupo no WhatsApp
Siga-nos no Instagram
A campanha anual “Outubro Rosa” é um esforço anual de entidades e médicos para alertar sobre a importância da mamografia e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A patologia preocupa milhares de brasileiras, devido às consequências e a maneira como aparece e, em centenas de casos, é silenciosa e fatal. Uma situação alarmante, identificada nos últimos anos no Brasil, está na ocorrência crescente desse tumor entre mulheres cada vez mais jovens.
Para se ter ideia, um estudo publicado no JAMA Network Open apontou uma elevação considerável de diagnósticos, entre pessoas abaixo dos 50 anos, mais especificamente, entre 30 e 39 anos, nos Estados Unidos. Lamentavelmente, o martologista Clécio Lucena recorda que o fenômeno também ocorre no Brasil, sendo relatado por diferentes profissionais e confirmado por levantamentos, como o do Observatório do Câncer, registrando uma recorrência de 11,9%, abaixo dos 40 anos.
É de conhecimento feminino que o envelhecimento acarreta riscos para o câncer de mama, sobretudo, a partir dos 40 anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda o exame de mamografia, responsável pela detecção do tumor, anualmente, a partir dessa idade. Quem se enquadra no grupo de risco, envolvendo a genética e o consequente diagnóstico familiar, deve iniciar esse hábito, ainda antes, aos 35 anos.
Vale lembrar que, além do envelhecimento e genética, outros fatores também ampliam essa probabilidade, como a chegada da menopausa e uso de hormônios, obesidade, sedentarismo, alto consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e o contato com radiação.
Segundo Clécio, as medidas são efetivas nos respectivos grupos, contudo, deixam de fora as mulheres mais jovens, que, infelizmente, cada vez mais, são atingidas pelo câncer, muitas vezes, sendo descoberto já em um estágio avançado.
As causas ainda não estão todas confirmadas e algumas ainda são suspeitas, como a menarca - primeira menstruação - cada vez mais precoce, dietas ricas em ultraprocessados e a queda na taxa de fecundidade nacional. As brasileiras estão tendo cada vez menos filhos, ou sequer, desejam se tornar mães e, consequentemente, não amamentam. O ato é considerado uma forma de prevenção com os níveis de hormônio restringindo a ocorrência de tumor durante esse período. De acordo com pesquisa publicada na Revista Cancer Medicine, quanto maior o tempo de amamentação, menores são os riscos, sendo 12 meses, responsáveis por uma redução de 4,3%.
Comentários: