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O corpo ainda é atingido por diversos problemas, sendo que, muitos deles, ainda são desconhecidos pela maior parte da população, principalmente, quando são considerados raros, como a síndrome de quebra-nozes, bastante incômoda e compromete a qualidade de vida e bem-estar.
Segundo o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, a patologia ocorre quando a veia renal esquerda é comprimida entre a artéria mesentérica superior e a aorta abdominal, em um movimento similar ao objeto quebra-nozes.
Os motivos para a origem do problema são diversos, contudo, é possível citar que o mais comum esteja ligado a fatores anatômicos inalteráveis, ou seja, existentes desde o nascimento, assim como, condições que alteram a pressão das veias, a perda de peso - que, consequentemente, reduz a quantidade de gordura ao redor das veias - a presença de varizes pélvicas, varicocele, ou tumores.
Os sintomas são considerados bastante diversos, contribuindo para dificultar o diagnóstico de alguns casos. No geral, os mais comuns são a presença de uma dor lombar e pélvica, pressão ou inchaço no abdômen, tonturas quando de pé, cansaço, a presença de sangue na urina, dor durante as relações sexuais, mulheres com varizes pélvicas, homens com varicocele e o aumento das veias nos testículos. Em casos graves, também é possível notar o início de problemas renais.
O diagnóstico envolve vários procedimentos, começando pela compreensão do histórico familiar, anamnese e exame físico. Posteriormente, o pedido de outros exames é feito, como a ultrassonografia doppler para medir e verificar alterações no fluxo sanguíneo, a angiotomografia computadorizada ou a angiorressonância magnética para imagens detalhadas das estruturas e a venografia com uso de contraste para visualizar o sistema vascular.
Josualdo explica que o tratamento varia conforme a gravidade do caso, ou seja, as ocorrências mais leves envolvem o uso de medicação para dor, acompanhamento e mudanças no estilo de vida, através da adoção de uma dieta e atividade física para alívio dos sintomas.
O equilíbrio do peso é considerado essencial para manter o controle da síndrome e evitar alterações na pressão das veias, por isso, manter um acompanhamento com um nutricionista é considerado crucial.
Já nos casos considerados graves, a solução é uma intervenção endovascular, como angioplastia e, se necessário, em casos de falha ou compressão acentuada, um procedimento cirúrgico.
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