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A trombose é um dos problemas vasculares mais diagnosticados no Brasil. A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) afirma que cerca de 165 pessoas foram hospitalizadas por dia durante os oito primeiros meses do ano passado e mais de 489 mil brasileiros foram internados devido à condição durante janeiro de 2012 ao mesmo período de 2023.
O cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, explica que a patologia é originada através da formação de coágulos de sangue nas veias e artérias, principalmente nos membros inferiores, local onde a circulação sanguínea é naturalmente mais lenta e exige muito esforço para que retorne até o coração.
A população precisa estar atenta a hábitos e fatores de risco, muitas vezes ligados à idade, genética, presença de varizes, diabetes, hipertensão, aterosclerose, obesidade, sedentarismo, tabagismo, uso de alguns medicamentos como os anticoncepcionais e a gravidez.
A condição gera bastante alerta pelos seus riscos e o caráter silencioso, sobretudo, em casos iniciais. Desta forma, os principais sintomas da trombose surgem já na fase mais avançada e crítica, e envolvem dores no membro afetado, principalmente ao tentar movimentá-lo, inchaço, aumento da temperatura, vermelhidão e alterações na textura da pele.
O principal risco da trombose está na probabilidade de causar a embolia pulmonar, que pode ser fatal. Esta surge com o desprendimento do coágulo de seu local de origem, que através da circulação, chega ao pulmão, causando dores no peito, dificuldade para respirar, tosse com ou sem a presença de sangue e alterações nos batimentos cardíacos. Situações como essa demandam que o indivíduo se dirija rapidamente a um hospital para que tenha seus efeitos controlados.
A trombose é diagnosticada em consultório, após uma análise que busca compreender o histórico familiar, fatores de risco, sintomas e a avaliação dos membros.
O tratamento é na maioria das vezes, realizado com o uso de medicamentos anticoagulantes, que possuem a função de deixar o sangue um pouco mais líquido e dissolver os coágulos já formados. Josualdo também lembra que meias de compressão são indicadas, por possuírem a capacidade de melhorar a circulação.
Cirurgias são apenas recomendadas para quadros considerados mais graves, quando o uso de medicinas já não é considerado o método mais eficaz, em que é preciso retirar os trombos manualmente, com a adoção de diferentes técnicas.
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