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Quinta-feira, 25 de Setembro 2025

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UPAs de Araraquara operam acima da capacidade nos primeiros cinco meses de 2025

UPAs de Araraquara operam acima da capacidade nos primeiros cinco meses de 2025
Vista interna ou externa de uma UPA com movimentação. - Foto divulgação
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UPAs de Araraquara Atendem Acima da Capacidade no Início de 2025

As três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Araraquara registraram uma média diária de atendimentos superior à sua capacidade entre os meses de janeiro e maio de 2025. As informações sobre o funcionamento das unidades Central, Vila Xavier e Vale Verde foram fornecidas pela Fundação Municipal “Irene Siqueira Alves” (Fungota), que gerencia a rede de urgência e emergência do município, em resposta ao Requerimento nº 890/2025, de autoria da vereadora Maria Paula (PT).

As UPAs Vale Verde e Vila Xavier são classificadas pelo Ministério da Saúde como Porte I, com capacidade para atender até 150 pacientes por dia e a recomendação de, no mínimo, dois médicos e de cinco a oito leitos de observação. Segundo a Fungota, a UPA Vale Verde conta atualmente com cinco médicos e tem realizado uma média de mais de 390 atendimentos diários. Já a UPA Vila Xavier dispõe de até quatro médicos em horários de pico, com uma média diária de 290 atendimentos.

A UPA Central, por sua vez, é classificada como Porte II, com capacidade para até 300 pessoas por dia e a necessidade de uma equipe de quatro médicos, além de nove a 12 leitos de observação. Atualmente, a unidade conta com um corpo clínico de oito profissionais e tem registrado uma média superior a 500 atendimentos diários.

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“As UPAs Vila Xavier e Vale Verde já estão com número de profissionais médicos acima do preconizado pela estrutura local, especialmente em dias e horários em que a demanda é mais crítica”, explica o documento. A Fungota complementa: “Não há estrutura predial local que permita maior ampliação da equipe médica”.

Perfil dos Atendimentos e Tempo de Espera

De acordo com a resposta ao Requerimento, a maior parte das queixas dos pacientes é classificada como “azul” (sem urgência) ou “verde” (casos pouco urgentes), conforme o Protocolo Manchester. “As UPAs vêm absorvendo e atendendo elevada demanda de casos que, pela especificidade e gravidade, na verdade, deveriam ser absorvidos pela Atenção Básica, pois se trata de casos de baixa complexidade, mas usuários optam por buscar as UPAs, culminando em fluxo elevado de atendimentos diários e sobrecarregando o sistema”, detalha a Fundação.

O Protocolo Manchester divide os pacientes por cores de acordo com a gravidade, definindo o tempo de espera. Pacientes em risco de morte (vermelho) devem ser atendidos imediatamente. Casos urgentes (laranja) podem esperar até 10 minutos. Casos que podem correr risco não imediato (amarelo) têm um tempo de espera médio de uma hora, e casos pouco urgentes (verde) podem aguardar até duas horas.

Questionada sobre o período médio de espera por atendimento, a Fungota afirmou que “apesar da substancial demanda elevada, a média não tem fugido muito do preconizado pelas diretrizes traçadas pelo protocolo citado, salvo em dias e horários pontuais, especialmente às segundas-feiras, domingos e a datas próximas a feriados”.

A Fundação também comentou sobre o impacto dos casos de dengue no intervalo até o atendimento. “O atendimento a pacientes acometidos de dengue possui especificidade que, inevitavelmente, leva a um tempo substancial para atendimento, especialmente por demandarem espaço e tempo para soroterapia, procedimento essencial”, diz o documento.

Na avaliação da vereadora Maria Paula, a superlotação das UPAs é um reflexo direto da falha no atendimento básico e aponta para um colapso iminente da saúde municipal. “As dificuldades devem ser enfrentadas urgentemente na atenção primária e regional, em especial nas Unidades de Saúde da Família, sendo urgente ao poder público que reveja os protocolos, bem como oriente e capacite os profissionais para atendimento adequado na saúde básica”, conclui a parlamentar.

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