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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

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A Síndrome de Impostora e as lições que podemos aprender com ela

Se você tem dificuldade em acreditar em si mesma e de celebrar suas conquistas, você pode ter a tão falada síndrome da impostora.

Alessandra Andrade
Por Alessandra Andrade
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A Síndrome de Impostora e as lições que podemos aprender com ela
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Você deve ter reparado que eu falo sobre a Síndrome da Impostora no feminino no título deste artigo, não é verdade? As mulheres têm a autoconfiança abalada, por diversas razões, não só na vida profissional, mas também na vida pessoal. Fomos criadas durante séculos em posições que nos imputavam inferioridade e fragilidade, sob o domínio masculino. 

Por muito tempo, nossas mães, avós e bisavós estiveram presas à esfera privada. Sua base era apenas cuidar da família, casar e ter filhos. E a sociedade exigia de nós beleza, doçura, performance, perfeição. Bastante cruel, não é mesmo?

A ideia de não merecer plenamente a posição de responsabilidade que desejamos ou até mesmo as que ocupamos efetivamente, ou de nos julgarmos insuficientes para ela, é a principal característica da Síndrome da Impostora.

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Quem sofre com isso teme a todo momento ser “descoberta e julgada”, como se fosse uma fraude! Embute em seus pensamentos crenças limitantes perniciosas. Uma falta de autoestima domina o pensamento, o que leva a duvidar constantemente de seu potencial. 

A mulher com sentimento de impostora tem a impressão de não merecer o sucesso, o atribui à sorte ou ao acaso, nunca aos seus próprios méritos. E o problema é que essa síndrome pode durar a vida toda, atravancando o avanço profissional e as conquistas femininas. 

Na Síndrome de Impostora, quanto mais bem-sucedida uma pessoa for, mais ela duvida do que alcançou . É aí que reside a dor desse fenômeno: ele persiste e se alimenta, paradoxalmente, das conquistas que a pessoa pode acumular. Quanto mais sucesso está presente, mais cresce o sentimento de ansiedade. O sucesso aprisiona a pessoa em um círculo vicioso e faz com que ela pense de forma distorcida.

Este é um problema que gira em torno da falta de autoestima, sentimento ligado à harmonia, base onde se assenta a confiança em si, nas suas capacidades e competências. Quando você não tem autoconfiança, a imagem que se tem de si mesma fica distorcida. Nós nos percebemos como incompetentes ainda que tudo em volta de nós nos diga o oposto. Somos incapazes de internalizar o sucesso.

Apesar de as coisas terem mudado nas últimas décadas, os clichês demoram a sumir. Talvez a maior lição que o sofrimento imposto pela Síndrome da Impostora deixa é uma lição de busca pela equidade.

Não podemos viver numa sociedade em que os cargos importantes são majoritariamente ocupados por representantes masculinos. Devemos incluir cada vez mais mulheres em cargos e posições de liderança e responsabilidade para que as novas gerações tenham exemplos positivos e possam bater de frente em conceitos que as queiram diminuir ou duvidar do próprio talento.

Crer em si mesma e em sua capacidade não é soberba. É um ato de confiança, amor-próprio e revolução feminina. Sinto que por aqui estou fazendo a minha parte, abrindo caminho, nutrindo essa confiança e incentivando mulheres a acreditarem em si. Cada uma de nós que conquista um cargo de liderança e evolui, precisa e deve apoiar outras mulheres. A cada degrau que eu subo, puxo sempre uma comigo.

FONTE/CRÉDITOS: Alessandra Andrade, Vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), onde também preside o Conselho de Inovação – CONIN, e o recém-criado HUB de Inovação Pateo76.
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