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Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

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Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino: o que é preciso refletir sobre a data?

Apesar do difícil panorama, é possível olhar para o horizonte com esperança

Alessandra Andrade
Por Alessandra Andrade
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Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino: o que é preciso refletir sobre a data?
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Nós, mulheres, somos obrigadas a lidar com muitas dificuldades para obter inserção  no universo dos negócios e empreender. Filhos, obrigações com a casa, machismo, descrédito, falta de incentivo… Não é uma coisa simples empreender. Sendo mulher, as dificuldades se empilham formando uma barreira que muitas vezes parece impossível de transpor.

Porém, em um paradoxo muito interessante, muitas vezes a mulher encara o ato de empreender como a única saída. Já que há a discriminação no mercado de trabalho e é preciso, ao mesmo tempo, lidar com muitas demandas, o caminho do negócio próprio pode ser uma via escolhida por puro instinto de sobrevivência. 

A pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, feita em diversos países e que contou com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do IBPQ (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), aponta que o panorama do Empreendedorismo Feminino brasileiro não é dos mais animadores. O número de empreendedores brasileiros caiu de 53,4 milhões, em 2019, para 43,9 milhões no ano passado. 

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Quase 10 milhões de empreendedores tiveram de encerrar seus negócios no Brasil no ano passado, afetados principalmente pela pandemia do coronavírus. As mulheres foram as mais impactadas pela crise: só o número de empreendedoras já estabelecidas diminuiu 62% de 2019 para 2020 — queda muito maior do que a verificada entre os homens (-35%). São números públicos, recentemente divulgados.

Mulheres com menos formação e afetadas diretamente pelos impactos variados da pandemia - morte e doença grave de amigos e parentes, queda de faturamento, impactos psicológicos - certamente são a base desses números, que apesar de significativos, não são fortes o suficiente para desanimar quem pretende se tornar empreendedora. Afinal de contas, por mais que pareça clichê dizer isso, é na crise que se encontram as maiores oportunidades. 

É importante que a mulher persiga seu sonho se valendo de diversos pontos de apoio que estão disponíveis. Uma dica barata e muito eficaz é apontar a sua bússola para onde estão as empreendedoras de sucesso.

Siga nas redes sociais as mulheres que fazem do empreendedorismo feminino uma potência. Consuma o conteúdo delas. Veja entrevistas e palestras dessas mulheres inspiradoras no YouTube. São gratuitas e darão um gás nos seus objetivos e metas.

Mesmo tendo muito mais dificuldade de administrar a vida e para gerenciarem suas carreiras em busca  de autonomia financeira, flexibilidade de horários e tempo de qualidade com a família, as mulheres investem mais em qualificação em comparação aos homens. Portanto, não é por culpa nossa que o cenário está assim. São injunções naturais de uma economia e de um mercado que ainda têm muito a aprender sobre a equidade de gênero - e precisam mostrar disposição para debater isso.

A economia tende a se recuperar e nós estaremos lá, firmes e decididas a manter o espaço que conquistamos com muita luta e determinação. Aliás, manter apenas, não. Ampliar. Que o nosso caminho seja de crescimento, não só neste Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino como em todos os dias. 

FONTE/CRÉDITOS: Alessandra Andrade, Vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
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