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Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024

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Prata da casa vale ouro

Proporcionar qualificação aos colaboradores não é despesa, é investimento

Rodrigo Teixeira
Por Rodrigo Teixeira
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Prata da casa vale ouro
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Durante muitos anos, gestores de grandes empresas descartavam a hipótese de oferecer qualificação aos seus colaboradores. A cultura que se tinha, era de que funcionário bom é aquele que chega qualificado e corre atrás de aperfeiçoamento por si só. A famosa ‘iniciativa própria’. Acredito que ainda funcione dessa forma em grande parte das empresas brasileiras.

Nesses casos, a sensação de estagnação ocorre de maneira bastante recorrente. E quando um funcionário se sente sem perspectivas de crescimento, ele busca novas oportunidades e acaba por deixar a empresa. Inicia-se então um processo de busca por um novo funcionário para a vaga. Essa forma de gestão demanda tempo e dinheiro!

Haverá um rodízio constante de funcionários, ficando cada vez mais difícil preservar a cultura da empresa. Pois quando um colaborador que já está adaptado aos valores e propósito da organização vai embora, além da preocupação em contratar alguém que vá de encontro aos ideais da organização, há todo o esforço em começar do zero um treinamento que repasse a cultura da empresa ao novo colaborador.

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Retenção de Talentos

Uma das grandes vantagens em reter talentos é exatamente a perpetuação e consolidação da cultura da empesa. E isso passa a ser muito mais fácil quando você investe em seu colaborador através de treinamentos e qualificação. Ele se sente reconhecido, percebe que há um esforço por parte de seus líderes em vê-lo crescer.

Assim sendo, a permanência desse funcionário na empresa se torna natural. Ele quer ficar porque se sente valorizado e consegue enxergar seu crescimento dentro da organização. Consequentemente, essas percepções levam a um aumento imediato de produtividade. É como uma bola de neve: quanto mais o colaborador está satisfeito, mais ele produz e, como resultado, a empresa reconhece seus resultados e trabalha em prol da sua promoção. Este ciclo é contínuo.

E não estou falando apenas de um comportamento individual. Quando o colaborador cria esse elo de confiança com seu gestor, ele não pensa apenas em melhorar somente sua qualificação, ele passa a pensar na empresa como um todo. Ele veste a camisa e prioriza a melhoria da produtividade de todo um ecossistema. Dessa forma, temos grandes resultados. Todos saem ganhando.

Criando vínculos

Outro fator muito importante é que, retendo talentos, você naturalmente estará mantendo um quadro de funcionários que se conhece e se compromete junto. O ambiente corporativo passa a ser mais saudável e a comunicação do time evolui como um todo. Então vínculos são criados.

O colaborador se sentido reconhecido e satisfeito, não só vê a empresa como seu local de trabalho, mas passa a admirá-la, pois sabe que há respeito mútuo. Essa é uma forma muito honesta e sustentável de engajar pessoas e manter sua equipe unida. É nesse ambiente que a multiplicação de conhecimento se torna viável.

Quando um colaborador é qualificado e se sente entrosado com sua equipe, ele coloca em prática seus aprendizados e passa adiante as informações que recebeu. Dessa forma, cria-se uma corrente evolutiva de conhecimento e habilidades, agregando muito mais valor à empresa. É com o funcionamento dessa engrenagem que os gestores conseguem desenvolver equipes de alta performance.

Uma pesquisa recente da McKinsey apontou que oito semanas após o início da pandemia, diversas empresas com força de trabalho consideravelmente qualificada, avançaram cinco anos na adoção digital de consumo e negócios. Ou seja, a qualificação também está atrelada ao poder de inovação e adaptação de uma organização, fazendo com que ela sobreviva aos momentos de crise.   

Os impactos da porta para fora

Os benefícios de uma equipe bem alinhada não ficam só dentro de casa. Ao contrário. Seus maiores impactos estão da porta para fora. O grau de qualificação de um time está diretamente ligado à forma como os colaboradores se relacionam com seus clientes, fornecedores e parceiros. Uma equipe preparada para lidar com o consumidor moderno vai fazer a diferença no medidor de produtividade.

Funcionários bem treinados e melhores qualificados também tendem a se preocupar mais em maneiras de fidelizar clientes, por exemplo. São essas atitudes de proatividade que vão fortalecer o time e a organização como um todo.

Com o retorno das atividades presenciais, passa também a ser prioridade pensar em como cativar o cliente. Isso porque, com o isolamento social, as pessoas se voltaram muito mais ao universo online – mesmo aquelas que tinham qualquer tipo de resistência ao e-commerce.

Nos últimos 18 meses, quase 100% das compras tiveram que ser efetuadas pela internet. Com isso, muitas pessoas perceberam o conforto que é poder comprar sentado no sofá de casa, com a possibilidade de acompanhar cada passo da entrega e sem se expor a ambientes tumultuados ou a vendedores despreparados.

Nesse ponto chegamos então a mais uma grande importância do funcionário qualificado. É ele que vai estar na linha de frente para encantar o cliente e trazê-lo de volta às lojas físicas – independentemente do tipo de atividade. 

A verdade é que são inúmeros os benefícios em fomentar a qualificação contínua dos colaboradores. Como eu citei anteriormente, todos ganham. A empresa se beneficia com equipes mais preparadas e engajadas e os funcionários ficam mais satisfeitos ao se sentirem valorizados e com perspectivas de plano de carreira. Por isso, oferecer qualificação não é despesa, é investimento.

FONTE/CRÉDITOS: Rodrigo Teixeira é CEO da Granito, empresa brasileira especializada em meios de pagamento que oferece soluções e atendimento personalizado para diversos segmentos e diferentes modelos de negócios.
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