Todos estão ansiosos pela vacinação contra a Covid-19, mas a chegada do friozinho deu início também à campanha de vacinação contra a gripe. Como as duas vacinas não devem ser tomadas juntas e precisam de um tempo entre uma e outra, qual deve ser priorizada?
A resposta é simples: as duas vacinas, cada uma a seu tempo.
As vacinas são importantes para todos, principalmente para pacientes com diabetes. Gripes e outros processos infecciosos podem ser a causa de uma descompensação da glicemia, o que pode agravar ainda mais o quadro – uma verdadeira e perigosa bola de neve. O mesmo acontece com o coronavírus, sendo que as complicações ainda são incertas. Assim, é fundamental tomar as duas vacinas – o quanto antes, melhor.
Para evitar conflito nos calendários das imunizações, foram feitas adaptações nos grupos prioritários da vacina contra Influenza – e os idosos não foram os primeiros da lista dessa vez. Ainda assim, é possível que o período de aplicação coincida. Caso isso ocorra, a orientação do Ministério da Saúde é que se priorize a vacina contra o Sars-Cov-2, sendo que a vacina da gripe seja marcada com um intervalo mínimo de duas semanas.
Mas não existe uma ordem de qual vacina precisa ser aplicada primeiro, contanto que haja esse tempo entre as duas. Esse período é necessário porque ainda não existem estudos para comprovar os efeitos da interação entre as duas vacinas.
Quem já teve Covid-19 pode ser vacinado contra a gripe, pois não há evidências de que haja influência na eficácia ou segurança da ação. Mas quem ainda está com o vírus Sars-CoV-2 deve continuar isolado em casa durante todo o período de quarentena.
Vacinação da gripe evita sobrecarga no sistema de saúde
A campanha de vacinação contra a gripe no Brasil começou em 12 de abril através do Ministério de Saúde e das secretarias estaduais de Saúde. A vacina visa a prevenção de complicações da gripe, porém, nesse momento de pandemia, ela se torna ainda mais importante, visto que temos hospitais lotados, sem leitos de UTI disponíveis e com filas para atendimentos.
São 3 etapas, divididas pelos grupos prioritários:
- A partir de 12 de abril: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde
- A partir de 11 de maio: idosos com 60 anos ou mais e professores
- De 9 de junho até 9 de julho: pessoas com doenças crônicas – como as com diabetes – e/ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e do exército.
A vacina da gripe será aplicada apenas nos grupos prioritários citados acima – apesar de ser indicada para todas as pessoas – exceto bebês abaixo de seis meses e quem tem histórico de choque anafilático após doses anteriores. Aqueles que não fazem parte desses grupos podem – e devem – ser vacinados em clínicas particulares.
Como a vacina é feita a partir de vírus inativado, ela NÃO causa gripe. As reações adversas, quando surgem, são leves e bem toleradas - como dor local por exemplo.
Diante da pandemia, os cuidados para a vacinação devem ser tomados, como uso de máscara, distanciamento das pessoas na fila e higienização das mãos constantemente. Em 2020, foi montada uma estrutura pelas secretarias para que a vacinação contra a gripe fosse realizada com o mínimo de contato e exposição da população, como os drive-thrus. Esse ano, algumas secretarias optaram pelo agendamento prévio ou pela vacinação em espaços mais amplos, como escolas, pra evitar a aglomeração e riscos.
Diabéticos serão vacinados contra a Covid-19 a partir de maio
A vacinação contra a Covid-19 para a população com doenças crônicas está prevista para iniciar no mês de maio, seguindo também a prioridade por idade.
É imprescindível que sejam aplicadas as duas doses, e mesmo após a segunda dose deve-se manter o uso de máscaras e todos os cuidados de higiene para evitar infecção e transmissão.
Com calma, todos serão imunizados. Se todos seguirem as recomendações, estaremos livres da Covid e da gripe mais rápido.
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