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Os distúrbios do neurodesenvolvimento, como a dislexia, autismo, transtorno do déficit de atenção - com ou sem hiperatividade - e as deficiências visuais ou auditivas, são algumas das condições mais frequentes nas salas de aula brasileiras. A situação requer professores responsáveis e com uma variada gama de conhecimentos e técnicas para promover uma melhor inclusão e aprendizagem.
A ocorrência de um desses fatores permite identificar uma série de padrões, como erros bastante demarcados, tanto para escrita quanto leitura, facilitando a compreensão e auxílio profissional.
O psicólogo, PHD em psicologia experimental e professor da Universidade Federal de São Paulo (USP), Fernando Capovilla, cita como exemplo, a realidade das crianças nati-surdas, que nasceram com a surdez. Se elas também tiverem uma deficiência visual, como a cegueira, aprenderão a língua de sinais tátil e, se não, conhecerão a visual. Ao entrarem na escola, esses jovens adquirem uma segunda língua, o português, mas apresentam dificuldade de compreensão para identificar fonemas, porque o realizam através da análise orofacial, que os permite interpretar movimentos da boca, língua e expressões faciais.
A situação é apenas um dos tipos de desafios enfrentados por profissionais da educação em ambiente escolar e, para garantir a inclusão desses estudantes, é importante aprimorar os conhecimentos e adaptar métodos.
Retomando o exemplo, alguns sons e movimentos da boca são bastante similares, fazendo com que as crianças tenham dificuldade de entender palavras e, assim, uma alternativa bastante simples pode ser o uso da linguagem de sinais junto da fala, com a identificação da letra, criando uma alfabetização mais apropriada.
Capovilla ainda sugere outra opção, usar as mãos para indicar a origem do som de uma palavra, permitindo que entendam ser mais vozeada ou desvozeada, identificando corretamente, como no caso das palavras roma e romã, faca ou vaga.
O PHD estará apresentando os principais processos de leitura e escrita, assim como seus erros e soluções para o professorado, em uma palestra na 9ª edição do Brain Connection, o maior congresso internacional de educação no Brasil, que ocorre na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, durante os dias 29 de outubro e 1° de novembro. Uma edição estendida, online, acontece no dia 10.
O Brain Connection é um evento científico educacional com foco na inclusão, através da igualdade, solidariedade e equidade, pensado para todos os profissionais da área da educação e saúde, junto de pais e responsáveis. Com diversas palestras e apresentações de especialistas nacionais e internacionais, o intuito do congresso é aprimorar a qualidade da educação nacional, provendo diferentes alternativas para garantir a aprendizagem. Mais informações, como a programação, participantes e inscrições, estão disponíveis no site brainconnection.com.br.
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