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Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

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ADAPTAÇÃO DE MÉTODOS PROMOVEM INCLUSÃO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NEURODESENVOLVIMENTO EM SALA DE AULA

Multi Comunicar
Por Multi Comunicar
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ADAPTAÇÃO DE MÉTODOS PROMOVEM INCLUSÃO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NEURODESENVOLVIMENTO EM SALA DE AULA
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Os distúrbios do neurodesenvolvimento, como a dislexia, autismo, transtorno do déficit de atenção - com ou sem hiperatividade - e as deficiências visuais ou auditivas, são algumas das condições mais frequentes nas salas de aula brasileiras. A situação requer professores responsáveis e com uma variada gama de conhecimentos e técnicas para promover uma melhor inclusão e aprendizagem.

A ocorrência de um desses fatores permite identificar uma série de padrões, como erros bastante demarcados, tanto para escrita quanto leitura, facilitando a compreensão e auxílio profissional.

Um exemplo claro está na realidade das crianças nati-surdas, ou seja, que nasceram com surdez. Quando esses pequenos também apresentam uma deficiência visual, como a cegueira, aprenderão a língua de sinais tátil e, se não, conhecerão a visual. Ao ingressarem na escola, esses estudantes adquirirão uma segunda língua, o português, mas apresentam dificuldade de compreensão para identificar fonemas, porque o realizam pela análise da fala visual, ou seja, uma leitura orofacial para interpretar movimentos da boca, língua e expressões faciais.

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A situação abre questionamentos sobre como proceder em sala de aula? Como adaptar o ensino para propiciar o aprendizado, mesmo com deficiência? Os alfabetizadores precisam de muitos recursos para adequar métodos à necessidade de cada estudante com suas diferentes carências para reversão.

Ainda usando o exemplo de crianças nati-surdas, alguns sons e movimentos da boca são bastante similares, gerando dificuldade para entender palavras. Uma alternativa bastante simples para ajudar está no uso da linguagem de sinais, associada à fala, identificando a letra e criando uma alfabetização mais apropriada. 

Outra opção seria usar as mãos para indicar a origem do som de uma palavra e permitir que entendam ser mais vozeada ou desvozeada, identificando corretamente, como as palavras roma e romã, faca ou vaca.

Os principais processos de leitura e escrita, assim como seus erros e soluções para o professorado, serão alguns dos temas discutidos na 9ª edição do Brain Connection, o maior congresso internacional de educação no Brasil, na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, de 29 de outubro a 1° de novembro. Uma edição estendida, online, acontece no dia 10. 

O Brain Connection é um evento científico educacional para promoção da inclusão com igualdade, solidariedade e equidade, planejado para todos os profissionais da área da educação e saúde, junto de pais e responsáveis. A programação inclui diversas palestras e apresentações de especialistas nacionais e internacionais, aprimorando a qualidade da educação nacional, provendo diferentes alternativas para garantir a aprendizagem. Mais informações, como a programação, participantes e inscrições, estão disponíveis no site brainconnection.com.br. 

*** Fernando Capovilla, psicólogo, PHD em psicologia experimental e professor da USP com Ângela Mathylde Soares, PHD em Neurociências, Psicanalista, Psicopedagoga e Professora

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