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Sabado, 17 de Maio de 2025

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APODRECIMENTO MENTAL E CULTURAL, O EFEITO “BRAIN ROT”

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Por Multi Comunicar
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APODRECIMENTO MENTAL E CULTURAL, O EFEITO “BRAIN ROT”
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Quem atualmente pode dizer que não é afetado, mesmo que indiretamente, pelas telas? Disponíveis em celulares, televisores e outros aparelhos eletrônicos, é praticamente impossível ignorá-las, assim como seus efeitos, provocando diversas discussões sobre as consequências do uso constante, motivos envolvidos na escolha da palavra do ano.

Segundo o dicionário de Oxford, que, anualmente, anuncia a palavra ou expressão que define o espírito do último ano, “brain rot”, seria o mais adequado para explicar 2024. O significado em português, “cérebro podre”, demonstra a preocupação, não apenas de especialistas, sobre o futuro das pessoas, destacadamente, os jovens, pelo uso frequente dos aparelhos e tudo o que ofertam (ou deixam de ofertar).

Ao buscar mais explicações sobre a escolha, a definição indica a deterioração mental ou intelectual pelo uso constante de conteúdo superficial, que pouco força o cérebro a trabalhar. O termo teria sido usado pela primeira vez, em 1854, no livro “Walden” de Henry David Thoreau, em um contexto bastante diferente dessa  sociedade do século 21. No texto, o autor questionava a falta de valorização de ideias complexas.

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A PHD em neurociência, psicanalista e psicopedagoga, Ângela Mathylde Soares, explica que a superficialidade seria vista, sobretudo, nas redes sociais. Existem diversos canais atualmente, contudo, alguns dos mais populares são o TikTok, Instagram, Facebook, X (antigo Twitter) e o YouTube. Um dos conteúdos mais acessados nesses canais são os vídeos, apresentando banalidades cotidianas, dancinhas - com músicas, muitas vezes inapropriadas para um público jovem - desafios, piadas, viagens e compras, entre outros.

Contudo, não é preciso estar nas redes sociais e internet para perceber que a tendência dos seres humanos era de, aos poucos, deixar o cérebro apodrecer. A especialista recorda que antes dos celulares, as calculadoras já existiam, para facilitar as contas ao fazer compras ou dar troco em um comércio e, ao longo dos anos, outros aparelhos foram sendo desenvolvidos para facilitar o cotidiano, cada vez mais corrido.

Com a existência das telas, objetos como livros se tornaram cada vez mais obsoletos, mesmo sendo tão importantes, afinal, permitem aprender coisas novas, como palavras e acontecimentos e, ainda promovem a imaginação, criatividade, mentalização e a antecipação. 

Qual é o resultado do excesso de exposição a conteúdos “fúteis”? O “apodrecimento” cerebral acompanhado de problemas comprometedores da saúde mental, como a falta de autoestima, comparações, ansiedade e a depressão.

Para Ângela, “o segredo para um uso saudável dos celulares está no controle, dica para todas as idades”. Atualmente, é difícil ver uma criança se divertindo com brinquedos de verdade e outros companheiros, distraindo-se com coisas aleatórias - grande parte sequer tem paciência de esperar. No entanto, os mais velhos também demonstram estar sendo afetados, basta ver as reclamações de filhos por falta de atenção e, até mesmo, a falta de educação citadas por pessoas próximas ou desconhecidas.

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