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As emoções são parte do cotidiano, boas ou ruins, mesmo de maneira imperceptível. Afinal, devem fornecer informações para reações a estímulos, identificar situações de perigo para tomar decisões, propiciar relacionamentos de amizades e, até mesmo, influenciar na aprendizagem, sendo imensamente importantes nessa fase. Um estudo de mestrado em Educação, na Universidade Federal de Lavras (Ufla), apontou que as emoções desempenham um papel considerável nos processos de aprendizagem, influenciando o desenvolvimento dos jovens, positivo ou negativamente, quer seja na escola ou durante uma graduação.
O estudo pesquisou sobre as estruturas neurológicas e fisiológicas do sistema nervoso, envolvidas com as emoções e a maneira como funcionam no aspecto dos comportamentos emocionais e no processo de aprendizagem. A conclusão mostrou que estar emocionalmente bem influencia, diretamente, na capacidade de atenção, memorização e no desejo de persistir se esforçando para conquistar os objetivos. Por isso, é extremamente benéfico, quando pensado na associação com a aprendizagem, que depende da alegria, interesse, motivação, curiosidade e repetição para o conteúdo estudado ser internalizado e não apenas decorado.
A PHD em neurociência, psicanalista, psicopedagoga e professora, Ângela Mathylde Soares, explica que ao considerar a educação infantil, por exemplo, a afetividade é necessária para demonstrar carinho e respeito, sendo parte do desenvolvimento da criança para criar uma conexão, um vínculo que transmite ainda, conforto e segurança. É através desse mesmo processo que a identificação com outras pessoas é criada, ou seja, entre professor e alunos.
Trabalhar as emoções com as crianças é essencial. O desenvolvimento acontece nos três primeiros anos de vida para definir o futuro dos pequenos. Os ambientes devem ser familiar ou escolar e saudáveis, assim como os vínculos, constantemente fortalecidos.
A ação influencia diversas habilidades, corporais ou motoras, permitindo até mesmo, que as decisões tomadas pelos alunos, ao longo do ano letivo, ocorram devido a essa realização. As emoções negativas durante o processo, como o estresse, ansiedade e depressão, dificultam a retenção de conteúdo e pode levar a escolhas que, futuramente, serão consideradas ruins, vistas com arrependimento.
Contudo, ao refletir sobre o campo do conhecimento, Ângela lembra que o trabalho das emoções e a afetividade também devem estar presente na formação dos professores, com a construção de vínculos na comunidade acadêmica, permitindo que continuem atuando na área de pesquisa e aperfeiçoando os métodos para uma formação adequada.
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