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A inclusão é, provavelmente, uma das maiores dificuldades vivenciadas em ambiente escolar com os alunos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os processos para incluir adequadamente ainda mobilizam profissionais da educação.
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, causado por uma evolução atípica, comprometendo a capacidade de comunicação, interação e evolução motora, provocando padrões comportamentais repetitivos e um interesse bastante restrito a atividades, objetos e temáticas.
Os principais sinais do autismo são identificados ainda na infância, sendo possível pontuar também a falta de contato visual; dificuldade para se expressar e se comunicar; maior sensibilidade a luzes; sons; cheiros ou contato físico e aborrecimentos pela mudança de rotina.
O maior conhecimento sobre a condição, assim como a diminuição do preconceito sobre sua existência e efeitos, permite que os casos sejam diagnosticados mais rapidamente, em média, aos 3 anos de idade. Uma das primeiras preocupações parentais é a lentidão na comunicação verbal, cuja previsão é ocorrer até os 18 meses, momento em que os pais decidem procurar um especialista.
O espectro possui três diferentes níveis de “gravidade”, variando entre leve, moderado e severo, indicando o tipo de dependência ou necessidade de suporte, sendo o segundo, considerado moderado e, o último, de caráter indispensável.
As características do transtorno influenciam o convívio e aprendizagem em ambiente escolar. Dessa forma, é necessário um contínuo aprimoramento dos docentes, em relação a conhecimentos e técnicas, visando elaborar maneiras para promover uma inclusão eficiente em sala de aula, cada vez mais cheias. Atualmente, o Brasil conta com um número crescente de pessoas com autismo nas escolas, tanto públicas quanto privadas, com uma estimativa de 50% no aumento das matrículas em 2023, se comparado a 2022.
A constituição brasileira garante lei para as crianças e jovens “atípicos” com direito a acompanhamento profissional especializado nas escolas. A proposta é contribuir com a formação e desenvolvimento, porém, muitas instituições ainda não acataram essa medida, sendo que a qualidade do apoio oferecido também é bastante questionada por responsáveis e outros especialistas da saúde e educação.
Existem diversas formas para trabalhar essas demandas, como a aplicação de atividades com temas de interesse, a repetição, uso de imagens, recursos multissensoriais e a praticidade.
Contudo, a grande dificuldade está na compreensão de cada um desses alunos e os ajustes das técnicas empregadas. Afinal, existem particularidades e demandas únicas e precisam ser atendidas individualmente, promovendo a integração ao ambiente e companheiros e facilitando o processo educativo e a aprendizagem de qualidade.
O crescimento de diagnósticos e a presença de alunos com TEA em sala de aula têm forçado profissionais, preocupados com a qualidade de seus trabalhos, a aprimorarem conhecimentos intensamente e, o maior congresso internacional de educação no Brasil, o Brain Connection, é a oportunidade perfeita para a especialização e aperfeiçoamento.
A 9ª edição do congresso acontece na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, de 29 de outubro a 1° de novembro, sendo que uma versão estendida, online, ainda ocorrerá no dia 10 de novembro. A programação apresenta várias temáticas sobre neurociências e aprendizagem, discutindo diversos aspectos, envolvendo transtornos mentais e também diferentes barreiras, inclusive, as que surgem com a idade. A inscrição deve ser feita pelo site brainconnection.com.br.
*** Ângela Mathylde Soares, organizadora do Congresso Internacional Brain Connection, de 29 de outubro a 1º de novembro
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