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As veias de tom azulado ou esverdeado, encontradas na extensão da perna de milhares de brasileiros, são bastante conhecidas. Entretanto, poucas pessoas fazem ideia que intestino preso tenha relação com maior chance para desenvolver a condição.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), aproximadamente 38% da população brasileira lida com essa patologia, sendo as mulheres, as principais vítimas (45%), contra apenas 30% dos homens.
Os fatores como genética, longos períodos de pé ou deitado (sedentarismo), a gravidez, tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas já são motivos conhecidos para o surgimento das varizes, contudo, também é preciso ter atenção ao intestino.
Coincidentemente, o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) Josualdo Euzébio Silva, explica que as mulheres são mais propensas a sofrerem com o intestino preso, se comparado aos homens, em razão da mudança hormonal constante vivenciada pelo grupo, contudo, a alimentação tem sua parcela de culpa nesta história.
Para que o intestino funcione adequadamente, o consumo de fibras precisa ser alto, formando assim, o bolo fecal e, quando isso não ocorre, se torna mais difícil evacuar. A ação aumenta a pressão intra-abdominal, que chega até as veias nos membros inferiores, com a probabilidade de danificar as válvulas que existem nos vasos e tem a função de controlar a circulação e levar o sangue até o coração.
Desta forma, à medida que o sangue não consegue retornar ao órgão para voltar a ser bombeado, o sistema fica bloqueado e sobrecarregado, o que deixa as veias dilatadas e bastante aparentes, deixando as linhas coloridas partindo em diversas direções.
A característica torna as varizes facilmente identificáveis, mas apesar disso, é importante se consultar com um cirurgião vascular para receber uma avaliação mais detalhada. O médico afirma que “As varizes não causam apenas incômodo estético, sendo também, perigosas para a saúde vascular, indicando insuficiência venosa crônica e o risco de trombose, hemorragias e úlceras varicosas”.
Em determinadas situações, é impossível impedir o surgimento da doença, no entanto, hábitos cotidianos ajudam a prevenir o surgimento e efeitos, garantindo maior qualidade de vida. A prática de atividade física, alimentação saudável, rica em fibras, a manutenção do peso e evitar passar longos períodos de pé ou sentado/deitado, são medidas recomendadas.
Em casos de diagnóstico, é preciso manter o controle com o cirurgião vascular, e se indicado, deve usar as meias de compressão, que ajudam a melhorar a circulação sanguínea nos membros inferiores. Levantar as pernas acima do coração ao fim do dia contribui para a diminuição do inchaço e alguns desconfortos, como dor, a sensação de peso e o cansaço.
Josualdo recorda que as cirurgias também são alternativas e, atualmente, com a evolução da medicina, métodos menos invasivos estão disponíveis. No entanto, é preciso recordar que as varizes são consideradas uma condição crônica e podem retornar.
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