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O corpo feminino sempre foi alvo de críticas e, com a internet e as redes sociais, os comentários maldosos se tornaram ainda mais frequentes, principalmente para aquelas celebridades que decidiram expor os verdadeiros efeitos do envelhecimento.
Há décadas, as revistas e a internet apresentam padrões irreais de beleza, devido ao excesso de correção nas modelos, buscando a “verdadeira” perfeição. A questão é que nenhum ser humano é perfeito, sendo inevitável evitar o avançar da idade com seus sinais. O problema é que, pelo contato direto com essas imagens, a população vai se esquecendo do que realmente é natural e critica, principalmente, os famosos, pela escolha de não modificarem seus corpos para se encaixarem nesse molde.
A atriz Paolla Oliveira, 42 anos, é uma das principais vítimas dessa onda de preconceito. Há pouco mais de um ano, ela deixou de aplicar filtros em suas imagens, mostrando apoio a uma campanha publicitária sobre a importância de não estimular padrões irreais. Desde então, vem sendo vítima de comentários desagradáveis, disfarçados de críticas construtivas.
Paolla desfilou pelo último ano como rainha de bateria da escola de samba Grande Rio, e ao longo de seu reinado, publicou vídeos de ensaios em suas redes sociais. Em vez de mensagens sobre a sua performance, recebeu críticas, comentando sobre estar acima do peso, completamente fora de forma, com “braços de merendeira” e que já estava velha. A maioria foi enviada por mulheres.
A verdade é que na cultura do século XXI, o corpo é visto como objeto e, as pessoas que não se enquadram nos padrões – quem está acima do peso ou é mais velha –, acabam sendo excluídas e marginalizadas. A situação estimula a procura por procedimentos estéticos e os tornam cada vez mais populares.
As cirurgias têm o poder de melhorar a autoestima, contudo, os efeitos podem ser passageiros, principalmente, se o resultado não for o esperado ou um novo padrão surgir, aumentando o risco do desenvolvimento de outros problemas ligados aos transtornos de imagem. A depressão, bulimia, ansiedade e o transtorno dismórfico corporal são os mais comuns.
Infelizmente, a internet abre espaço para todos se sentirem livres para expressar suas opiniões, porém, sem medir as palavras e os respectivos efeitos na vida dos alvos. Dessa forma, os comentários mais atrapalham que ajudam, aumentando as inseguranças, que provocam transtornos e precisam ser tratados. É importante entender que, quem não cuida do interior, o exterior será eternamente uma farsa, ou seja, um escudo.
Felizmente, a decisão sobre o que fazer com o corpo depende apenas do dono, sendo que diversos podem ser os motivos para as mudanças, involuntárias ou não. À sociedade cabe apenas aceitar a escolha.
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