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Os surtos de conjuntivite são bastante comuns no verão, mas não devem ser considerados simples. A doença é altamente contagiosa, influenciada pelo clima seco e úmido, característico da estação, estimulando a propagação de bactérias e vírus, nocivos aos olhos, sendo que 29 surtos já foram registrados na capital mineira, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A classificação de surto ocorre com um crescimento considerável no número de casos, em determinado território. O verão é justamente a época em que o estado mais apresenta ocorrências. Para se ter ideia, a SES-MG aponta 1.089 surtos, em 18 cidades de Minas, de 2023 e 2025, sendo que a principal é Belo Horizonte, com 459, seguida de Uberaba, Divinópolis, Pouso Alegre e Diamantina.
De acordo com a oftalmologista diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, o contágio é influenciado pelos hábitos comuns com altas temperaturas. As pessoas saem mais de casa, viajam, frequentam piscinas e praias e, consequentemente, entram em contato com outras dezenas de indivíduos de diferentes locais e em diversos ambientes. A aglomeração e, até mesmo a exposição ao sol ou o contato com a poeira e ar-condicionado, também potencializa os riscos.
A médica explica que a transmissão não ocorre pelo ar e, sim, “a partir do contato com as secreções de alguém infectado, seja do olho, do nariz, com os espirros, ou da boca, com a saliva e a tosse, assim como, pelo compartilhamento de objetos - que devem ser de uso pessoal - como maquiagem, toalhas e colírio”.
A conjuntivite acomete qualquer indivíduo, independentemente da idade, contudo, as crianças são as principais vítimas, devido ao canal lacrimal curto, facilitando a instalação de microrganismos.
Os principais sintomas estão na aparência vermelha dos olhos, pálpebras inchadas, lacrimejando, coçando ou com alguma secreção, com sensibilidade à luz e a sensação que um objeto estranho, como areia, está arranhando.
A conjuntivite é tratada com a aplicação de colírios antibióticos, sendo que podem ser associados a anti-inflamatórios. Juliana afirma que a lavagem com soro fisiológico e aplicação de compressas de gelo para desinchar a região também contribuem com os cuidados, aliviando os sintomas, considerados bastante incômodos por deixarem os olhos pesados e grudentos.
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